Defensor de Moura diz que a ideia é ter uma «Praça da Vida»
(Por Filinto Melo. In “Ciência Hoje”, 21 de Maio de 2009)
A Câmara de Viana do Castelo vai lançar até ao final do Verão o concurso para a construção de um edifício junto à Praça de Touros que se vai transformar num Centro Ciência Viva. Actualmente, os serviços da autarquia estão a elaborar um programa que permita enquadrar o futuro espaço no “perfil de cidade”, relacionando-o com outros pólos existentes na cidade e enquadrando-o nos princípios da Rede Europeia das Cidades Saudáveis, de que Viana do Castelo faz parte.
O presidente da edilidade, Defensor Moura, afirma que nesta fase estão a decorrer conversas com vários responsáveis nacionais e estrangeiros para determinar quais as linhas de força do projecto. “Temos falado com muita gente, com a Casa do Homem na Galiza mas também com parceiros de outras países incluídos na rede europeia”, disse ao Ciência Hoje.
“Queremos aproveitar a proximidade do Parque Ecológico Urbano [onde funciona o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental] e ter muitos atractivos para as crianças. A ideia é ter uma «Praça da Vida», que aborde a biologia e a vida animal, que faça a ligação com o parque”, avança o autarca. Além da Casa do Homem, outra referência é um parque em Helsínquia em que as crianças podem intervir no espólio. A ideia é abordar questões de biologia animal e humana, num outro “pólo de atracção” que se integre, por exemplo, no programa para escolas que já existe no navio/ museu Gil Eannes ou o funicular de Santa Luzia, “complementando-se e aprofundando a sua relação”.
De momento, prossegue o trabalho de elaboração do programa, em parceria com o Instituto Politécnico de Viana do Castelo, para o edifício a construir junto da praça de touros. “O edifício tem de ser um espelho do seu interior, que se enquadre com a praça, o parque e o rio, pois será visto desde as duas pontes e da outra margem do rio”, explicou Defensor Moura, que aponta as ideias que serão lançadas no próximo Congresso Europeu Cidades Saudáveis (a realizar entre 18 e 20 de Junho) como último passo para a definição final do programa.
Questionado sobre a parecença com a Casa do Homem, o autarca destaca que “será próximo mas diferente, até porque será um pólo de atracção também para os galegos”.
A Câmara de Viana do Castelo comprou a praça de touros já este ano, por cinco mil euros e tornando-se, paralelamente, na primeira cidade antitouradas do país. "Grande parte do edifício vai abaixo” para a criação daquele pólo. Defensor Moura diz que a decisão da autarquia se enquadra no “perfil de cidade” e passa ao lado da polémica que recentemente regressou sobre as touradas. A associação Animal decidiu, recentemente, entregar a primeira edição do prémio António Maria Pereira ao presidente da câmara. O artista Leonel Moura, um conhecido oposicionista às corridas de touros escreveu na sua coluna que o fim das touradas e a criação do Centro Ciência Viva representam “o Portugal do conhecimento, da criatividade e do progresso humano que queremos e precisamos”.
(Por Filinto Melo. In “Ciência Hoje”, 21 de Maio de 2009)
A Câmara de Viana do Castelo vai lançar até ao final do Verão o concurso para a construção de um edifício junto à Praça de Touros que se vai transformar num Centro Ciência Viva. Actualmente, os serviços da autarquia estão a elaborar um programa que permita enquadrar o futuro espaço no “perfil de cidade”, relacionando-o com outros pólos existentes na cidade e enquadrando-o nos princípios da Rede Europeia das Cidades Saudáveis, de que Viana do Castelo faz parte.
O presidente da edilidade, Defensor Moura, afirma que nesta fase estão a decorrer conversas com vários responsáveis nacionais e estrangeiros para determinar quais as linhas de força do projecto. “Temos falado com muita gente, com a Casa do Homem na Galiza mas também com parceiros de outras países incluídos na rede europeia”, disse ao Ciência Hoje.
“Queremos aproveitar a proximidade do Parque Ecológico Urbano [onde funciona o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental] e ter muitos atractivos para as crianças. A ideia é ter uma «Praça da Vida», que aborde a biologia e a vida animal, que faça a ligação com o parque”, avança o autarca. Além da Casa do Homem, outra referência é um parque em Helsínquia em que as crianças podem intervir no espólio. A ideia é abordar questões de biologia animal e humana, num outro “pólo de atracção” que se integre, por exemplo, no programa para escolas que já existe no navio/ museu Gil Eannes ou o funicular de Santa Luzia, “complementando-se e aprofundando a sua relação”.
De momento, prossegue o trabalho de elaboração do programa, em parceria com o Instituto Politécnico de Viana do Castelo, para o edifício a construir junto da praça de touros. “O edifício tem de ser um espelho do seu interior, que se enquadre com a praça, o parque e o rio, pois será visto desde as duas pontes e da outra margem do rio”, explicou Defensor Moura, que aponta as ideias que serão lançadas no próximo Congresso Europeu Cidades Saudáveis (a realizar entre 18 e 20 de Junho) como último passo para a definição final do programa.
Questionado sobre a parecença com a Casa do Homem, o autarca destaca que “será próximo mas diferente, até porque será um pólo de atracção também para os galegos”.
A Câmara de Viana do Castelo comprou a praça de touros já este ano, por cinco mil euros e tornando-se, paralelamente, na primeira cidade antitouradas do país. "Grande parte do edifício vai abaixo” para a criação daquele pólo. Defensor Moura diz que a decisão da autarquia se enquadra no “perfil de cidade” e passa ao lado da polémica que recentemente regressou sobre as touradas. A associação Animal decidiu, recentemente, entregar a primeira edição do prémio António Maria Pereira ao presidente da câmara. O artista Leonel Moura, um conhecido oposicionista às corridas de touros escreveu na sua coluna que o fim das touradas e a criação do Centro Ciência Viva representam “o Portugal do conhecimento, da criatividade e do progresso humano que queremos e precisamos”.