ANIMAL está a pedir explicações às autoridades municipais e veterinárias locais, regionais e nacionais sobre o sucedido e sobre que cuidados serão prestados ao animal
Continua a imperar o caos e o “vale-tudo” na actividade dos circos com animais em Portugal, havendo sucessivos casos de mortes de animais em circos portugueses, incluindo no Circo Victor Hugo Cardinali, assim como de fugas de animais Autoridades mantêm-se, como sempre, inoperantes
Segundo uma denúncia de uma apoiante da ANIMAL residente em Tavira que chegou a esta organização, um elefante colapsou ontem no Circo Victor Hugo Cardinali, enquanto este circo estava ainda estacionado nesta cidade, estando agora o mesmo circo a instalar-se em Faro.
Tal como mostram as fotografias, um dos elefantes de Victor Hugo Cardinali – um confesso abusador de animais, que não teve pejo em afirmar, em declarações ao Rádio Clube Português em Dezembro de 2005, que batia nos elefantes porque, segundo o mesmo, esse é o seu papel de domador, “caso contrário não estaria ali a fazer nada” –, um dos três elefantes que estavam acorrentados numa mesma zona (como se pode ver pelas fotografias) – mantidos, como sempre, em péssimas condições – colapsou, de repente, tendo ficado no chão. A pessoa que viu estes acontecimentos e os fotografou tentou ainda chamar alguém do circo para que fosse chamado um médico veterinário ao local, mas rapidamente foi enxotada do local por uma funcionária do circo.
Outra fotografia mostra também um leão em claro mau estado, com um aspecto nada saudável, o que é deveras preocupante, considerando que, só este ano, um elefante, um leão e um cavalo morreram no Circo Victor Hugo Cardinali, como foi notícia e como documenta o site circense “Circo Espectáculo Vivo”.
Uma outra fotografia mostra ainda o leão branco que Victor Hugo Cardinali mantém em cativeiro e que força a actuar nos seus cruéis espectáculos de circo. O leão branco é uma das mais raras espécies de grandes carnívoros no mundo. No entanto, neste caso, como em praticamente todos, as autoridades portuguesas – Direcção Geral de Veterinária e Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade – continuam a dar uma autêntica carta branca aos circos portugueses para fazerem circular os animais que quiserem, das espécies que quiserem, fazendo-os aparecer e desaparecer de acordo com as suas conveniências, sem qualquer consideração ser atribuída às necessidades destes indivíduos.
Rita Silva, Vice-Presidente da ANIMAL, afirma “Nos EUA, até já muitos zoos chegaram à conclusão de que é impossível manter elefantes em jardins zoológicos preservando o seu bem-estar. Em Portugal, os circos, nomeadamente o de Victor Hugo Cardinali, são livres de porem e disporem de elefantes, mantendo-os em péssimas condições, como e quando queiram. São livres até de exercer violência física contra eles sendo isso do conhecimento público, depois da ANIMAL ter filmado e apresentado provas disso – publicamente e às autoridades competentes –, sem que nada lhes aconteça, podendo continuar a escravizá-los, mantê-los e usá-los como quiserem, tanto com os que foram comprovadamente vítimas de abuso, quanto com outros que entretanto os donos dos circos queiram trazer para Portugal, como Victor Hugo Cardinali fez com este leão branco que mantém confinado no seu circo”.
Segundo Miguel Moutinho, Presidente da ANIMAL, “os acidentes com animais em circos portugueses são mais que muitos e repetem-se, sempre para prejuízo dos animais e às vezes também para prejuízo da segurança do público, vez após vez, impunemente. No início deste ano, dois tigres fugiram de um camião de transporte de tigres do Circo Chen que estava abandonado na berma de uma estrada nacional em Azambuja. Também nessa altura, o reboque-aquário do Circo Aquático Show Cardinali ficou completamente destruído por um incêndio, tendo um dos tubarões deste circo morrido nesse incêndio. Em Março, um dos elefantes de Victor Hugo Cardinali morreu. Em Abril, um leão e um cavalo também de Victor Hugo Cardinali morreram. Em Maio, uma criança foi ferida por um lama do Circo Atlas / Walter Dias quando este estava estacionado em Coimbra. Em Julho, uma leoa foi encontrada numa quinta na zona de Lousada, na posse de um agricultor, a quem um dono de um circo terá dado o animal. Já em Setembro, 4 burros fugiram do circo Luftman, estacionado nas caldas da Rainha, causando um acidente, tendo um dos animais ficado gravemente ferido, acabando por ser abatido. Apesar de todos estes episódios, o princípio do “vale-tudo” continua a vigorar na actividade circense com animais em Portugal, ante a inoperância, quer em termos de prevenção, quer em termos de acção sancionatória, das autoridades portuguesas.”
“Durante este ano legislativo que agora começa, a ANIMAL vai intensificar os contactos que tem vindo a estabelecer com os grupos parlamentares na Assembleia da República para que proíbam a manutenção e o uso de animais em circos em Portugal, no âmbito da nova lei de protecção dos animais que a ANIMAL tem vindo a reclamar ao longo do último ano”, afirmou a Vice-Presidente da organização.
[Fotos: © Alice Stotter-Trom / ANIMAL, 2008]
Continua a imperar o caos e o “vale-tudo” na actividade dos circos com animais em Portugal, havendo sucessivos casos de mortes de animais em circos portugueses, incluindo no Circo Victor Hugo Cardinali, assim como de fugas de animais Autoridades mantêm-se, como sempre, inoperantes
Segundo uma denúncia de uma apoiante da ANIMAL residente em Tavira que chegou a esta organização, um elefante colapsou ontem no Circo Victor Hugo Cardinali, enquanto este circo estava ainda estacionado nesta cidade, estando agora o mesmo circo a instalar-se em Faro.
Tal como mostram as fotografias, um dos elefantes de Victor Hugo Cardinali – um confesso abusador de animais, que não teve pejo em afirmar, em declarações ao Rádio Clube Português em Dezembro de 2005, que batia nos elefantes porque, segundo o mesmo, esse é o seu papel de domador, “caso contrário não estaria ali a fazer nada” –, um dos três elefantes que estavam acorrentados numa mesma zona (como se pode ver pelas fotografias) – mantidos, como sempre, em péssimas condições – colapsou, de repente, tendo ficado no chão. A pessoa que viu estes acontecimentos e os fotografou tentou ainda chamar alguém do circo para que fosse chamado um médico veterinário ao local, mas rapidamente foi enxotada do local por uma funcionária do circo.
Outra fotografia mostra também um leão em claro mau estado, com um aspecto nada saudável, o que é deveras preocupante, considerando que, só este ano, um elefante, um leão e um cavalo morreram no Circo Victor Hugo Cardinali, como foi notícia e como documenta o site circense “Circo Espectáculo Vivo”.
Uma outra fotografia mostra ainda o leão branco que Victor Hugo Cardinali mantém em cativeiro e que força a actuar nos seus cruéis espectáculos de circo. O leão branco é uma das mais raras espécies de grandes carnívoros no mundo. No entanto, neste caso, como em praticamente todos, as autoridades portuguesas – Direcção Geral de Veterinária e Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade – continuam a dar uma autêntica carta branca aos circos portugueses para fazerem circular os animais que quiserem, das espécies que quiserem, fazendo-os aparecer e desaparecer de acordo com as suas conveniências, sem qualquer consideração ser atribuída às necessidades destes indivíduos.
Rita Silva, Vice-Presidente da ANIMAL, afirma “Nos EUA, até já muitos zoos chegaram à conclusão de que é impossível manter elefantes em jardins zoológicos preservando o seu bem-estar. Em Portugal, os circos, nomeadamente o de Victor Hugo Cardinali, são livres de porem e disporem de elefantes, mantendo-os em péssimas condições, como e quando queiram. São livres até de exercer violência física contra eles sendo isso do conhecimento público, depois da ANIMAL ter filmado e apresentado provas disso – publicamente e às autoridades competentes –, sem que nada lhes aconteça, podendo continuar a escravizá-los, mantê-los e usá-los como quiserem, tanto com os que foram comprovadamente vítimas de abuso, quanto com outros que entretanto os donos dos circos queiram trazer para Portugal, como Victor Hugo Cardinali fez com este leão branco que mantém confinado no seu circo”.
Segundo Miguel Moutinho, Presidente da ANIMAL, “os acidentes com animais em circos portugueses são mais que muitos e repetem-se, sempre para prejuízo dos animais e às vezes também para prejuízo da segurança do público, vez após vez, impunemente. No início deste ano, dois tigres fugiram de um camião de transporte de tigres do Circo Chen que estava abandonado na berma de uma estrada nacional em Azambuja. Também nessa altura, o reboque-aquário do Circo Aquático Show Cardinali ficou completamente destruído por um incêndio, tendo um dos tubarões deste circo morrido nesse incêndio. Em Março, um dos elefantes de Victor Hugo Cardinali morreu. Em Abril, um leão e um cavalo também de Victor Hugo Cardinali morreram. Em Maio, uma criança foi ferida por um lama do Circo Atlas / Walter Dias quando este estava estacionado em Coimbra. Em Julho, uma leoa foi encontrada numa quinta na zona de Lousada, na posse de um agricultor, a quem um dono de um circo terá dado o animal. Já em Setembro, 4 burros fugiram do circo Luftman, estacionado nas caldas da Rainha, causando um acidente, tendo um dos animais ficado gravemente ferido, acabando por ser abatido. Apesar de todos estes episódios, o princípio do “vale-tudo” continua a vigorar na actividade circense com animais em Portugal, ante a inoperância, quer em termos de prevenção, quer em termos de acção sancionatória, das autoridades portuguesas.”
“Durante este ano legislativo que agora começa, a ANIMAL vai intensificar os contactos que tem vindo a estabelecer com os grupos parlamentares na Assembleia da República para que proíbam a manutenção e o uso de animais em circos em Portugal, no âmbito da nova lei de protecção dos animais que a ANIMAL tem vindo a reclamar ao longo do último ano”, afirmou a Vice-Presidente da organização.
[Fotos: © Alice Stotter-Trom / ANIMAL, 2008]