(In “Jornal de Notícias”, Opinião, por Manuel António Pina, 9 de Setembro de 2008)
Mesmo que o "Allgarve" já tivesse declarado (e provavelmente já declarou) a independência, mesmo se essa independência só tivesse sido reconhecida pela Junta de Freguesia de Estói (um Estado dentro do Estado "allgarvio"), mesmo se a GNR de Faro estivesse, como parece que está, em rebelião face à Constituição e às leis da República Portuguesa, o "rodeio" realizado no sábado à noite em Faro sempre seria uma afronta.
Porque a ordem judicial que proibiu a realização do tal "rodeio" partiu, afinal, de um tribunal "allgarvio" e seria de esperar que, ao menos por isso, a GNR de Faro a fizesse cumprir. Pois não é, ou não era, a sua divisa "Pela Lei (repito: pela Lei) e pela Grei"? Dirão alguns que a autoridade da Justiça portuguesa (e da "allgarvia" por arrastamento) está em completa bancarrota, e que já nem as polícias, quanto mais os criminosos, lhe ligam nenhuma. Resta saber o que dirá o comandante-geral da GNR, mas o mais certo é que, como de costume, não diga nada. E o que dirá o ministro da Administração Interna. Será esta GNR, recordando um famoso ministro da mesma pasta, a "sua" polícia?
Mesmo que o "Allgarve" já tivesse declarado (e provavelmente já declarou) a independência, mesmo se essa independência só tivesse sido reconhecida pela Junta de Freguesia de Estói (um Estado dentro do Estado "allgarvio"), mesmo se a GNR de Faro estivesse, como parece que está, em rebelião face à Constituição e às leis da República Portuguesa, o "rodeio" realizado no sábado à noite em Faro sempre seria uma afronta.
Porque a ordem judicial que proibiu a realização do tal "rodeio" partiu, afinal, de um tribunal "allgarvio" e seria de esperar que, ao menos por isso, a GNR de Faro a fizesse cumprir. Pois não é, ou não era, a sua divisa "Pela Lei (repito: pela Lei) e pela Grei"? Dirão alguns que a autoridade da Justiça portuguesa (e da "allgarvia" por arrastamento) está em completa bancarrota, e que já nem as polícias, quanto mais os criminosos, lhe ligam nenhuma. Resta saber o que dirá o comandante-geral da GNR, mas o mais certo é que, como de costume, não diga nada. E o que dirá o ministro da Administração Interna. Será esta GNR, recordando um famoso ministro da mesma pasta, a "sua" polícia?
