(Por Inês Subtil. In "Público", 4 de Outubro de 2008)
Apoiantes da associação Animal caminham hoje do Campo Pequeno ao Parlamento
O presidente da associação Animal, Miguel Moutinho, não tem dúvidas quando diz que "Portugal é um inferno para os animais." Hoje comemora-se o Dia do Animal e organização vai realizar uma marcha nacional que irá percorrer as ruas da capital para tentar pressionar o Parlamento a aprovar uma nova lei de protecção dos animais. Há um ano a associação apresentou um documento aos grupos parlamentares elaborado sob a forma de uma proposta orientadora para um Código de Protecção dos Animais Português que assegure o "fim dos crimes sem castigo".
A marcha arranca às 15h na Praça do Campo Pequeno com destino à Assembleia da República, onde a Animal pretende fazer uma entrega simbólica da proposta apresentada no ano passado e lembrar ao Parlamento que "é tempo de tomar medidas". Miguel Coutinho diz que "é difícil prever quantas pessoas vão participar na marcha", mas foram disponibilizados autocarros no Porto, Coimbra e Caldas da Rainha para o transporte de pelo menos 100 pessoas.
Ao longo da próxima semana, a Animal vai reunir-se com os vários grupos parlamentares e entregar também uma petição com mais de 15 mil assinaturas que pede que a proposta do grupo seja tida em conta na hora de avançar para a redacção de uma alteração à lei em vigor.
Miguel Coutinho esclarece que este é "um meio de pressão democrático, uma demonstração da sociedade civil" para fazer com que o Parlamento "discuta e legisle sobre o tema". Ao mesmo tempo, o activista destaca a importância de haver 15 mil pessoas a subscrever o documento, "sobretudo se se considerar que em Portugal não há uma cultura de participação".
O "Manifesto Animal" foi apresentado em Outubro do ano passado e Miguel Coutinho admite que é "uma proposta claramente ambiciosa". O texto "pretende colmatar uma data de falhas" num "ambiente de impunidade e de falta de directrizes das estruturas hierárquicas". Segundo uma sondagem de dois investigadores do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa, financiado pela Animal, 82,6 por cento dos portugueses pensam que é "urgente" ou "muito urgente" obter uma nova lei nesta área.
O manifesto da associação é muito restritivo no que diz respeito ao uso dos animais para fins lúdicos, como é o caso dos circos, e pede a proibição de todos os tipos de touradas e actividades tauromáquicas.
Dois pontos em que a Animal tem estado em destaque nos últimos tempos, com a denúncia, na semana passada, de maus tratos a um elefante e a um leão por parte do Circo Victor Hugo Cardinali e a polémica lançada com a vitória judicial da organização sobre a RTP.
A televisão pública foi obrigada a mudar a transmissão da corrida de touros do dia cinco de Junho para depois das 22h30 e a colocar a "bolinha vermelha" durante a emissão do programa.
Apoiantes da associação Animal caminham hoje do Campo Pequeno ao Parlamento
O presidente da associação Animal, Miguel Moutinho, não tem dúvidas quando diz que "Portugal é um inferno para os animais." Hoje comemora-se o Dia do Animal e organização vai realizar uma marcha nacional que irá percorrer as ruas da capital para tentar pressionar o Parlamento a aprovar uma nova lei de protecção dos animais. Há um ano a associação apresentou um documento aos grupos parlamentares elaborado sob a forma de uma proposta orientadora para um Código de Protecção dos Animais Português que assegure o "fim dos crimes sem castigo".
A marcha arranca às 15h na Praça do Campo Pequeno com destino à Assembleia da República, onde a Animal pretende fazer uma entrega simbólica da proposta apresentada no ano passado e lembrar ao Parlamento que "é tempo de tomar medidas". Miguel Coutinho diz que "é difícil prever quantas pessoas vão participar na marcha", mas foram disponibilizados autocarros no Porto, Coimbra e Caldas da Rainha para o transporte de pelo menos 100 pessoas.
Ao longo da próxima semana, a Animal vai reunir-se com os vários grupos parlamentares e entregar também uma petição com mais de 15 mil assinaturas que pede que a proposta do grupo seja tida em conta na hora de avançar para a redacção de uma alteração à lei em vigor.
Miguel Coutinho esclarece que este é "um meio de pressão democrático, uma demonstração da sociedade civil" para fazer com que o Parlamento "discuta e legisle sobre o tema". Ao mesmo tempo, o activista destaca a importância de haver 15 mil pessoas a subscrever o documento, "sobretudo se se considerar que em Portugal não há uma cultura de participação".
O "Manifesto Animal" foi apresentado em Outubro do ano passado e Miguel Coutinho admite que é "uma proposta claramente ambiciosa". O texto "pretende colmatar uma data de falhas" num "ambiente de impunidade e de falta de directrizes das estruturas hierárquicas". Segundo uma sondagem de dois investigadores do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa, financiado pela Animal, 82,6 por cento dos portugueses pensam que é "urgente" ou "muito urgente" obter uma nova lei nesta área.
O manifesto da associação é muito restritivo no que diz respeito ao uso dos animais para fins lúdicos, como é o caso dos circos, e pede a proibição de todos os tipos de touradas e actividades tauromáquicas.
Dois pontos em que a Animal tem estado em destaque nos últimos tempos, com a denúncia, na semana passada, de maus tratos a um elefante e a um leão por parte do Circo Victor Hugo Cardinali e a polémica lançada com a vitória judicial da organização sobre a RTP.
A televisão pública foi obrigada a mudar a transmissão da corrida de touros do dia cinco de Junho para depois das 22h30 e a colocar a "bolinha vermelha" durante a emissão do programa.