Aplaudida pela associação Animal, medida estende-se aos circos
(Por Nuno Miguel Ropio. In “Jornal de Notícias”, 28 de Abril de 2009)
Os espectáculos tauromáquicos e os circos com animais passaram a ser proibidos no concelho de Sintra que, com esta decisão, se junta a outros três concelhos que, nas últimas semanas, aprovaram medidas limitadoras idênticas.
A exemplo do que já aconteceu em Viana do Castelo, Braga e Cascais, o novo Regulamento de Animais de Sintra estabelece que os espectáculos tauromáquicos, circos que tenham animais como atracção ou rodeos, não sejam autorizados pelo município. Na prática, a medida aplica-se a tudo o que se traduza em "apoio institucional ou cedência de recursos, por parte da autarquia".
Aprovado pelos deputados da Assembleia Municipal de Sintra, o regulamento mereceu os votos favoráveis da coligação que lidera a Câmara, "Mais Sintra" [PSD/CDS], do PS e ainda do Bloco de Esquerda - de quem partiu a proposta de inclusão de tal limitação. Os deputados da CDU e alguns do PS e "Mais Sintra" votaram contra.
"Com o regulamento não ocorrerão episódios de violência contra animais e que não se circunscrevem à tauromaquia ou aos circos", explicou Luís Patrício, vereador responsável pelo gabinete médico-veterinário e autor do regulamento, alertando para o facto da Polícia Municipal passar a fiscalizar o cumprimento do mesmo. "Sintra não tem grandes tradições taurinas mas há alguns eventos em zonas rurais que têm que se adaptar às novas regras", frisou, por outro lado, André Beja, do BE.
Para a associação Animal, a aprovação do regulamento é um "momento histórico". "Temos desenvolvido junto dos municípios um enorme trabalho de sensibilização para os direitos dos animais. Aliás, em 2006, já tínhamos feito uma proposta a Sintra", lembrou Miguel Moutinho, presidente da Animal.
Ouvido pelo JN, Paulo Pessoa de Carvalho, empresário tauromáquico, criticou, o que apelida de, "questões claramente políticas". "Não me parece que a população veja como prioritárias estas decisões à porta das eleições", disse. "Esquecem-se que este sector é importante para economia. Chocou-me muito mais Viana do Castelo ou Braga, onde recentemente me rejeitaram um espectáculo. Agora, Sintra, espanta-me, sem dúvida", reconheceu.
(Por Nuno Miguel Ropio. In “Jornal de Notícias”, 28 de Abril de 2009)
Os espectáculos tauromáquicos e os circos com animais passaram a ser proibidos no concelho de Sintra que, com esta decisão, se junta a outros três concelhos que, nas últimas semanas, aprovaram medidas limitadoras idênticas.
A exemplo do que já aconteceu em Viana do Castelo, Braga e Cascais, o novo Regulamento de Animais de Sintra estabelece que os espectáculos tauromáquicos, circos que tenham animais como atracção ou rodeos, não sejam autorizados pelo município. Na prática, a medida aplica-se a tudo o que se traduza em "apoio institucional ou cedência de recursos, por parte da autarquia".
Aprovado pelos deputados da Assembleia Municipal de Sintra, o regulamento mereceu os votos favoráveis da coligação que lidera a Câmara, "Mais Sintra" [PSD/CDS], do PS e ainda do Bloco de Esquerda - de quem partiu a proposta de inclusão de tal limitação. Os deputados da CDU e alguns do PS e "Mais Sintra" votaram contra.
"Com o regulamento não ocorrerão episódios de violência contra animais e que não se circunscrevem à tauromaquia ou aos circos", explicou Luís Patrício, vereador responsável pelo gabinete médico-veterinário e autor do regulamento, alertando para o facto da Polícia Municipal passar a fiscalizar o cumprimento do mesmo. "Sintra não tem grandes tradições taurinas mas há alguns eventos em zonas rurais que têm que se adaptar às novas regras", frisou, por outro lado, André Beja, do BE.
Para a associação Animal, a aprovação do regulamento é um "momento histórico". "Temos desenvolvido junto dos municípios um enorme trabalho de sensibilização para os direitos dos animais. Aliás, em 2006, já tínhamos feito uma proposta a Sintra", lembrou Miguel Moutinho, presidente da Animal.
Ouvido pelo JN, Paulo Pessoa de Carvalho, empresário tauromáquico, criticou, o que apelida de, "questões claramente políticas". "Não me parece que a população veja como prioritárias estas decisões à porta das eleições", disse. "Esquecem-se que este sector é importante para economia. Chocou-me muito mais Viana do Castelo ou Braga, onde recentemente me rejeitaram um espectáculo. Agora, Sintra, espanta-me, sem dúvida", reconheceu.