(Por Lusa. In “Público”, 16 de Junho de 2009)
A Associação Animal anunciou hoje que apresentou uma queixa à Autoridade para as Condições do Trabalho para contestar a participação de um toureiro de 11 anos numa tourada que se realiza na próxima quinta-feira no Campo Pequeno.
O espectáculo tauromáquico, anunciado sob a forma de "Novilhada de promoção de Novos Valores", integra a realização de uma "Bezerrada" na qual participará o toureiro franco-mexicano Michelito Lagravaré de 11 anos.
Em carta enviada à Autoridade para as Condições do Trabalho, a associação de protecção animal questiona a legitimidade da utilização do jovem toureiro no espectáculo alegando que tal prática pode "consubstanciar a prática de uma contra-ordenação muito grave", tendo em conta o código de trabalho.
"O artigo 2 estabelece que o menor só pode participar em espectáculos circenses desde que tenha pelo menos 12 anos de idade e a sua actividade decorra sob a vigilância de um dos progenitores, representante legal ou irmão menor. Então é razoável que a participação de menores em espectáculos tauromáquicos não poderá decorrer em condições menos exigentes", sustentam.
A Animal evoca ainda a Convenção sobre os Direitos das Crianças para criticar o evento, sublinhando que a realização deste espectáculo "pode prejudicar a saúde do menor ou o seu desenvolvimento físico, menta, espiritual, moral ou social", uma vez que irá enfrentar "um animal extremamente possante e enfurecido".
Reprovável e preocupante
"Apesar da Associação Animal ser uma organização de protecção dos animais, a verdade é que nos movem também elementares preocupações com os direitos humanos. Nesse sentido, consideramos ser a todos os títulos reprovável e preocupante a intenção de colocar uma criança de 11 anos a confrontar-se com um animal", apontam.
Contactado pela Lusa, o representante de Michelito Lagravaré, Inácio Ramos, recusa qualquer ilegalidade na utilização do jovem toureiro de 11 anos, referindo que existem "um sem número de casos conhecidos de outras crianças que começaram cedo a despontar no mundo da tourada".
"O filho do toureiro João Moura estreou-se com apenas 11 anos, e o ilustre Francisco Mascarenhas começou com 10 anos", refere.
Inácio Ramos, esclarece ainda que no caso do toureiro ser menor de idade a Autoridade para as Condições do Trabalho apenas exige um papel assinado por um dos pais.
"As acusações da Animal não têm pés nem cabeça e falam sem conhecimento de causa. Na próxima quinta feira conto mais uma vez com a presença deles à porta do recinto", ironiza.
A Associação Animal anunciou hoje que apresentou uma queixa à Autoridade para as Condições do Trabalho para contestar a participação de um toureiro de 11 anos numa tourada que se realiza na próxima quinta-feira no Campo Pequeno.
O espectáculo tauromáquico, anunciado sob a forma de "Novilhada de promoção de Novos Valores", integra a realização de uma "Bezerrada" na qual participará o toureiro franco-mexicano Michelito Lagravaré de 11 anos.
Em carta enviada à Autoridade para as Condições do Trabalho, a associação de protecção animal questiona a legitimidade da utilização do jovem toureiro no espectáculo alegando que tal prática pode "consubstanciar a prática de uma contra-ordenação muito grave", tendo em conta o código de trabalho.
"O artigo 2 estabelece que o menor só pode participar em espectáculos circenses desde que tenha pelo menos 12 anos de idade e a sua actividade decorra sob a vigilância de um dos progenitores, representante legal ou irmão menor. Então é razoável que a participação de menores em espectáculos tauromáquicos não poderá decorrer em condições menos exigentes", sustentam.
A Animal evoca ainda a Convenção sobre os Direitos das Crianças para criticar o evento, sublinhando que a realização deste espectáculo "pode prejudicar a saúde do menor ou o seu desenvolvimento físico, menta, espiritual, moral ou social", uma vez que irá enfrentar "um animal extremamente possante e enfurecido".
Reprovável e preocupante
"Apesar da Associação Animal ser uma organização de protecção dos animais, a verdade é que nos movem também elementares preocupações com os direitos humanos. Nesse sentido, consideramos ser a todos os títulos reprovável e preocupante a intenção de colocar uma criança de 11 anos a confrontar-se com um animal", apontam.
Contactado pela Lusa, o representante de Michelito Lagravaré, Inácio Ramos, recusa qualquer ilegalidade na utilização do jovem toureiro de 11 anos, referindo que existem "um sem número de casos conhecidos de outras crianças que começaram cedo a despontar no mundo da tourada".
"O filho do toureiro João Moura estreou-se com apenas 11 anos, e o ilustre Francisco Mascarenhas começou com 10 anos", refere.
Inácio Ramos, esclarece ainda que no caso do toureiro ser menor de idade a Autoridade para as Condições do Trabalho apenas exige um papel assinado por um dos pais.
"As acusações da Animal não têm pés nem cabeça e falam sem conhecimento de causa. Na próxima quinta feira conto mais uma vez com a presença deles à porta do recinto", ironiza.