A Inspecção Geral das Actividades Culturais (IGAC), organismo do Ministério da Cultura que tutela a tauromaquia, notificou, na tarde de hoje, os promotores da tourada com dois toureiros infantis – Michelito Lagravére e Miguel Moura (filho do toureiro João Moura), de 11 e 12 anos, respectivamente – que estava anunciada para as 22h de amanhã, Sábado, 20 de Junho, em Portalegre.
Esta manhã, a ANIMAL formalizou uma nova denúncia junto da IGAC, da Autoridade para as Condições do Trabalho, da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco e da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Portalegre, a respeito da participação destes menores na referida tourada. No seguimento desta denúncia, também o Instituto de Apoio à Criança reforçou o alerta da ANIMAL, sinalizando estas situações de perigo para estes menores junto das mesmas entidades.
Na sequência destas diligências, a IGAC proibiu a participação dos menores na tourada de amanhã – que, de acordo com o programado, era exclusivamente composta pela actuação destas duas crianças. Ontem, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Lisboa – Centro proibiu também a actuação de Michelito Lagravére na tourada do Campo Pequeno na qual este era suposto participar, estreando-se em Portugal. Este organismo tomou esta decisão na sequência de diligências feitas pela ANIMAL.
“A ANIMAL congratula a IGAC e todas as entidades governamentais e não-governamentais, nomeadamente o Instituto de Apoio à Criança, pela sua avaliação e actuação diligentes, rápidas, sérias e responsáveis relativamente à participação destes menores nestas touradas. Além de ser moralmente aberrante torturar animais em qualquer circunstância, tal é ainda mais chocante quando são crianças a fazê-lo, quando tal lhes é ensinado e quando são elogiadas por fazê-lo. Como se isso não bastasse, a verdade é que estas crianças – que não têm maturidade nem discernimento suficientes para avaliarem criticamente aquilo que estão a fazer aos animais – estão também em perigo, quando se confrontam com animais cujo peso e força corporal pode ser de 4 a 10 vezes superior à das crianças. Naturalmente, os animais atacados por estas crianças durante a prática do toureio tentariam defender-se das mesmas e contra-atacar, o que, obviamente, as colocaria em situação de elevado e ostensivo perigo. A ANIMAL só pode declarar-se satisfeita e aliviada por constatar que as autoridades competentes também chegaram a esta conclusão e decidiram prevenir e impedir a consumação dessa situação de perigo”, afirmou Miguel Moutinho, Presidente da ANIMAL.
“É importante esclarecer que, apesar da ANIMAL ser uma organização de defesa dos direitos dos animais, o espírito e as fundações morais desta organização baseiam-se também, e como não poderia deixar de ser, na afirmação dos direitos fundamentais dos humanos – nomeadamente dos direitos das crianças – como direitos invioláveis. E é por isso que, quando estejam postos em causa direitos dos animais e direitos humanos, a ANIMAL toma posição em defesa de ambos os valores, como fez neste caso”, declarou a Vice-Presidente da ANIMAL, Rita Silva.
Esta manhã, a ANIMAL formalizou uma nova denúncia junto da IGAC, da Autoridade para as Condições do Trabalho, da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco e da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Portalegre, a respeito da participação destes menores na referida tourada. No seguimento desta denúncia, também o Instituto de Apoio à Criança reforçou o alerta da ANIMAL, sinalizando estas situações de perigo para estes menores junto das mesmas entidades.
Na sequência destas diligências, a IGAC proibiu a participação dos menores na tourada de amanhã – que, de acordo com o programado, era exclusivamente composta pela actuação destas duas crianças. Ontem, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Lisboa – Centro proibiu também a actuação de Michelito Lagravére na tourada do Campo Pequeno na qual este era suposto participar, estreando-se em Portugal. Este organismo tomou esta decisão na sequência de diligências feitas pela ANIMAL.
“A ANIMAL congratula a IGAC e todas as entidades governamentais e não-governamentais, nomeadamente o Instituto de Apoio à Criança, pela sua avaliação e actuação diligentes, rápidas, sérias e responsáveis relativamente à participação destes menores nestas touradas. Além de ser moralmente aberrante torturar animais em qualquer circunstância, tal é ainda mais chocante quando são crianças a fazê-lo, quando tal lhes é ensinado e quando são elogiadas por fazê-lo. Como se isso não bastasse, a verdade é que estas crianças – que não têm maturidade nem discernimento suficientes para avaliarem criticamente aquilo que estão a fazer aos animais – estão também em perigo, quando se confrontam com animais cujo peso e força corporal pode ser de 4 a 10 vezes superior à das crianças. Naturalmente, os animais atacados por estas crianças durante a prática do toureio tentariam defender-se das mesmas e contra-atacar, o que, obviamente, as colocaria em situação de elevado e ostensivo perigo. A ANIMAL só pode declarar-se satisfeita e aliviada por constatar que as autoridades competentes também chegaram a esta conclusão e decidiram prevenir e impedir a consumação dessa situação de perigo”, afirmou Miguel Moutinho, Presidente da ANIMAL.
“É importante esclarecer que, apesar da ANIMAL ser uma organização de defesa dos direitos dos animais, o espírito e as fundações morais desta organização baseiam-se também, e como não poderia deixar de ser, na afirmação dos direitos fundamentais dos humanos – nomeadamente dos direitos das crianças – como direitos invioláveis. E é por isso que, quando estejam postos em causa direitos dos animais e direitos humanos, a ANIMAL toma posição em defesa de ambos os valores, como fez neste caso”, declarou a Vice-Presidente da ANIMAL, Rita Silva.