Na noite de 17 de Julho, a abominável Praça de Touros do Campo Pequeno receberá a “Tourada a favor da União das Misericórdias Portuguesas”.
Depois de várias instituições particulares de solidariedade social, incluindo misericórdias locais, terem já manchado o seu nome ao envolverem-se com “touradas de beneficência” nas localidades onde estão sedeadas, é agora vez da União das Misericórdias Portuguesas – que congrega todas as santas casas da misericórdia e casas pias do país – fazê-lo. O envolvimento destas instituições com espectáculos de violentação extrema e perversa de animais é, chocantemente, ainda mais íntimo: a maior parte das praças de touros fixas do país pertencem às misericórdias das localidades onde estão situadas, que assim colhem os seus proveitos económicos a partir da tortura de animais.
Por favor, envie à União das Misericórdias Portuguesas a sua mensagem de protesto e de indignação relativamente a este escândalo que, ano após ano, as misericórdias de Portugal mantêm. Envie a mensagem abaixo sugerida – ou escreva a sua mensagem, se preferir – para: geral@ump.pt; jnunes@ump.pt; aferreira@ump.pt; vmelicias@ump.pt; Com Conhecimento (Cc) a campanhas@animal.org.pt.
Mensagem Sugerida
Exm.º Senhor Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas, Dr. Manuel Augusto Lopes de Lemos
Exm.º Senhor Presidente do Conselho Nacional da União das Misericórdias Portuguesas, Comendador Manuel Carlos Cálem Carneiro
Exm.º Senhor Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da União das Misericórdias Portuguesas, Padre Vítor Melícias
Ex.mos Senhores,
Chega a ser difícil comentar mais este episódio vergonhoso que me leva a escrever a V. Ex.as.
Depois de ter já protestado contra tantos outros casos em que misericórdias locais e outras instituições de solidariedade social se envolveram na promoção de “touradas de beneficência” e colheram da tortura dos animais que destas foram vítimas os respectivos benefícios económicos, é com choque e repulsa que recebo a notícia de que a União das Misericórdias Portuguesas irá também ter a sua própria “tourada de beneficência”, o que acontecerá na noite de 17 de Julho, na abominável praça de touros do Campo Pequeno, esse autêntico e obscuro templo do mal onde se cultiva e celebra a violência que todas as semanas é barbaramente exercida contra animais indefesos.
Pergunto-vos: que misterioso e incompreensível conceito de caridade ou misericórdia é esse no qual as V. instituições se baseiam, se, da V. parte, os animais não conhecem misericórdia alguma? Como poderá a União das Misericórdias Portuguesas, uma instituição profundamente ligada à Igreja Católica e ao Catolicismo, ser cultora desse terrível vício de torturar animais, e de retirar do visionamento desta tortura prazer, que é a tauromaquia? Com tantas hipóteses boas, eficazes, éticas e verdadeiramente misericordiosas de angariar dinheiro para o trabalho das V. instituições – que, através deste envolvimento com a tortura de animais fica, sem dúvida alguma, de longe menos respeitável –, como podem V. Ex.as continuar a considerar, sequer, colher frutos da agonia, do stress, do pânico e da dor intensa e extrema a que touros, vacas, outros bovinos e cavalos são submetidos nas sangrentas e hediondas corridas de touros?
Até já um Tribunal de Lisboa reconheceu formalmente que as touradas são espectáculos cruéis e violentos, em que os animais são submetidos a experiências de sofrimento intenso e agudo, tendo este Tribunal também reconhecido que se tratam de espectáculos capazes de influenciar negativamente a personalidade das pessoas – especialmente de crianças e de adolescentes –, habituando-as e insensibilizando-as relativamente ao sofrimento e à inflicção deste, fenómenos que são apresentados como normais e aceitáveis nas touradas, mas que indivíduos e sociedades saudáveis devem rejeitar em absoluto – e que as instituições de solidariedade, desde logo as católicas, deveriam condenar sem hesitações.
Importa lembrar que até o Papa Pio V, há séculos atrás, condenou as touradas numa bula papal que, vergonhosamente, as instituições católicas dos países onde ainda existem touradas aparentam querer esquecer, em nome do dinheiro que recebem das touradas que patrocinam com o seu nome.
Peço a V. Ex.as que procurem seguir o bom exemplo de Francisco de Assis, que respeitava todos os seres, humanos e não-humanos, e no qual todos os católicos e não-católicos que não cometem o erro de desprezar os outros animais em grande medida se revêem – sendo que não se revêem, certamente, na conduta nada moral que as V. instituições adoptam quando se associam aos espectáculos sanguinários de violência gratuita que são as touradas como a que, em nome da União das Misericórdias Portuguesas, irá ter lugar no próximo dia 17 de Julho, no Campo Pequeno.
Com alguma esperança de que V. Ex.as possam ainda emendar o tremendo erro que notoriamente continuam a cometer – e na esperança de que o possam fazer ainda antes deste erro de dia 17 ser cometido,
Com os melhores cumprimentos,
Nome:
Cidade:
E-mail:
Depois de várias instituições particulares de solidariedade social, incluindo misericórdias locais, terem já manchado o seu nome ao envolverem-se com “touradas de beneficência” nas localidades onde estão sedeadas, é agora vez da União das Misericórdias Portuguesas – que congrega todas as santas casas da misericórdia e casas pias do país – fazê-lo. O envolvimento destas instituições com espectáculos de violentação extrema e perversa de animais é, chocantemente, ainda mais íntimo: a maior parte das praças de touros fixas do país pertencem às misericórdias das localidades onde estão situadas, que assim colhem os seus proveitos económicos a partir da tortura de animais.
Por favor, envie à União das Misericórdias Portuguesas a sua mensagem de protesto e de indignação relativamente a este escândalo que, ano após ano, as misericórdias de Portugal mantêm. Envie a mensagem abaixo sugerida – ou escreva a sua mensagem, se preferir – para: geral@ump.pt; jnunes@ump.pt; aferreira@ump.pt; vmelicias@ump.pt; Com Conhecimento (Cc) a campanhas@animal.org.pt.
Mensagem Sugerida
Exm.º Senhor Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas, Dr. Manuel Augusto Lopes de Lemos
Exm.º Senhor Presidente do Conselho Nacional da União das Misericórdias Portuguesas, Comendador Manuel Carlos Cálem Carneiro
Exm.º Senhor Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da União das Misericórdias Portuguesas, Padre Vítor Melícias
Ex.mos Senhores,
Chega a ser difícil comentar mais este episódio vergonhoso que me leva a escrever a V. Ex.as.
Depois de ter já protestado contra tantos outros casos em que misericórdias locais e outras instituições de solidariedade social se envolveram na promoção de “touradas de beneficência” e colheram da tortura dos animais que destas foram vítimas os respectivos benefícios económicos, é com choque e repulsa que recebo a notícia de que a União das Misericórdias Portuguesas irá também ter a sua própria “tourada de beneficência”, o que acontecerá na noite de 17 de Julho, na abominável praça de touros do Campo Pequeno, esse autêntico e obscuro templo do mal onde se cultiva e celebra a violência que todas as semanas é barbaramente exercida contra animais indefesos.
Pergunto-vos: que misterioso e incompreensível conceito de caridade ou misericórdia é esse no qual as V. instituições se baseiam, se, da V. parte, os animais não conhecem misericórdia alguma? Como poderá a União das Misericórdias Portuguesas, uma instituição profundamente ligada à Igreja Católica e ao Catolicismo, ser cultora desse terrível vício de torturar animais, e de retirar do visionamento desta tortura prazer, que é a tauromaquia? Com tantas hipóteses boas, eficazes, éticas e verdadeiramente misericordiosas de angariar dinheiro para o trabalho das V. instituições – que, através deste envolvimento com a tortura de animais fica, sem dúvida alguma, de longe menos respeitável –, como podem V. Ex.as continuar a considerar, sequer, colher frutos da agonia, do stress, do pânico e da dor intensa e extrema a que touros, vacas, outros bovinos e cavalos são submetidos nas sangrentas e hediondas corridas de touros?
Até já um Tribunal de Lisboa reconheceu formalmente que as touradas são espectáculos cruéis e violentos, em que os animais são submetidos a experiências de sofrimento intenso e agudo, tendo este Tribunal também reconhecido que se tratam de espectáculos capazes de influenciar negativamente a personalidade das pessoas – especialmente de crianças e de adolescentes –, habituando-as e insensibilizando-as relativamente ao sofrimento e à inflicção deste, fenómenos que são apresentados como normais e aceitáveis nas touradas, mas que indivíduos e sociedades saudáveis devem rejeitar em absoluto – e que as instituições de solidariedade, desde logo as católicas, deveriam condenar sem hesitações.
Importa lembrar que até o Papa Pio V, há séculos atrás, condenou as touradas numa bula papal que, vergonhosamente, as instituições católicas dos países onde ainda existem touradas aparentam querer esquecer, em nome do dinheiro que recebem das touradas que patrocinam com o seu nome.
Peço a V. Ex.as que procurem seguir o bom exemplo de Francisco de Assis, que respeitava todos os seres, humanos e não-humanos, e no qual todos os católicos e não-católicos que não cometem o erro de desprezar os outros animais em grande medida se revêem – sendo que não se revêem, certamente, na conduta nada moral que as V. instituições adoptam quando se associam aos espectáculos sanguinários de violência gratuita que são as touradas como a que, em nome da União das Misericórdias Portuguesas, irá ter lugar no próximo dia 17 de Julho, no Campo Pequeno.
Com alguma esperança de que V. Ex.as possam ainda emendar o tremendo erro que notoriamente continuam a cometer – e na esperança de que o possam fazer ainda antes deste erro de dia 17 ser cometido,
Com os melhores cumprimentos,
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