(In “SOL”, 28 de Novembro de 2008)
A organização ANIMAL promoveu hoje uma acção de protesto em frente à embaixada da Noruega em Lisboa com o objectivo de apoiar uma organização norueguesa que luta para proibir a produção, comércio e uso de pêlo
O presidente da ANIMAL, Miguel Moutinho, disse à Lusa que hoje se assinala o dia internacional de protesto contra a produção, comércio e uso de pêlo, explicando que a ANIMAL escolheu a embaixada da Noruega para se manifestar por estar «solidária com as reclamações» da Network for Animal Freedom, uma organização norueguesa que divulgou, no verão deste ano, o resultado de uma investigação em quintas de produção de pêlo na Noruega.
«O objectivo desta investigação foi provar que ao contrário do que afirma a indústria norueguesa de produção de animais para pêlo, e toda a indústria de produção, os animais não só são mortos de uma maneira chocante por afogamento, asfixia, electrocussão e envenenamento, mas também são mantidos e criados em condições miseráveis», afirmou o presidente da ANIMAL.
Na Noruega, a Network for Animal Freedom «está a pedir ao governo que com base nestas provas proíba esta actividade no seu país», explicou Miguel Moutinho, que acrescentou ainda que a ANIMAL, em Portugal, pede à Assembleia da República que «no contexto de uma nova lei de protecção dos animais, proíba também a criação e morte de animais para pêlo em Portugal», por considerar esta actividade cruel.
Miguel Moutinho justificou o número reduzido de manifestantes (menos de uma dezena) com o facto de a sociedade portuguesa não ter uma «cultura de participação cívica» elevada, acrescentando que aos poucos manifestantes que hoje estiveram em frente à embaixada se juntam e-mails à embaixadora da Noruega que estão a ser enviados desde quinta-feira.
O presidente da ANIMAL considerou que à semelhança do que acontece com as organizações de direitos humanos que não mobilizam multidões, as organizações de direitos dos animais também não levam muitas pessoas à rua, mas afirmou que acredita que a mensagem da ANIMAL vai chegar ao governo norueguês.
A conselheira da embaixada, Merethe Luís, confirmou à agência Lusa que a embaixada está a receber e-mails e afirmou que o governo norueguês tem uma legislação em curso que «dá protecção aos animais».
Merethe Luís falou com os representantes da ANIMAL e salientou que foi hoje aprovada, em conselho de ministros, uma nova lei que promove a denúncia de casos que não cumpram a lei, justificando que os cidadãos têm o dever de informar as autoridades se tiverem conhecimento de maus tratos a animais.
De acordo com Miguel Moutinho, a realidade portuguesa é diferente da norueguesa. «A realidade portuguesa, ao contrário da norueguesa, é relativamente desconhecida [por falta de supervisão das autoridades] e é mais conhecida por força de investigações nossas, uma organização não-governamental, do que por força da acção de inspecção do estado», concluiu.
A organização ANIMAL promoveu hoje uma acção de protesto em frente à embaixada da Noruega em Lisboa com o objectivo de apoiar uma organização norueguesa que luta para proibir a produção, comércio e uso de pêlo
O presidente da ANIMAL, Miguel Moutinho, disse à Lusa que hoje se assinala o dia internacional de protesto contra a produção, comércio e uso de pêlo, explicando que a ANIMAL escolheu a embaixada da Noruega para se manifestar por estar «solidária com as reclamações» da Network for Animal Freedom, uma organização norueguesa que divulgou, no verão deste ano, o resultado de uma investigação em quintas de produção de pêlo na Noruega.
«O objectivo desta investigação foi provar que ao contrário do que afirma a indústria norueguesa de produção de animais para pêlo, e toda a indústria de produção, os animais não só são mortos de uma maneira chocante por afogamento, asfixia, electrocussão e envenenamento, mas também são mantidos e criados em condições miseráveis», afirmou o presidente da ANIMAL.
Na Noruega, a Network for Animal Freedom «está a pedir ao governo que com base nestas provas proíba esta actividade no seu país», explicou Miguel Moutinho, que acrescentou ainda que a ANIMAL, em Portugal, pede à Assembleia da República que «no contexto de uma nova lei de protecção dos animais, proíba também a criação e morte de animais para pêlo em Portugal», por considerar esta actividade cruel.
Miguel Moutinho justificou o número reduzido de manifestantes (menos de uma dezena) com o facto de a sociedade portuguesa não ter uma «cultura de participação cívica» elevada, acrescentando que aos poucos manifestantes que hoje estiveram em frente à embaixada se juntam e-mails à embaixadora da Noruega que estão a ser enviados desde quinta-feira.
O presidente da ANIMAL considerou que à semelhança do que acontece com as organizações de direitos humanos que não mobilizam multidões, as organizações de direitos dos animais também não levam muitas pessoas à rua, mas afirmou que acredita que a mensagem da ANIMAL vai chegar ao governo norueguês.
A conselheira da embaixada, Merethe Luís, confirmou à agência Lusa que a embaixada está a receber e-mails e afirmou que o governo norueguês tem uma legislação em curso que «dá protecção aos animais».
Merethe Luís falou com os representantes da ANIMAL e salientou que foi hoje aprovada, em conselho de ministros, uma nova lei que promove a denúncia de casos que não cumpram a lei, justificando que os cidadãos têm o dever de informar as autoridades se tiverem conhecimento de maus tratos a animais.
De acordo com Miguel Moutinho, a realidade portuguesa é diferente da norueguesa. «A realidade portuguesa, ao contrário da norueguesa, é relativamente desconhecida [por falta de supervisão das autoridades] e é mais conhecida por força de investigações nossas, uma organização não-governamental, do que por força da acção de inspecção do estado», concluiu.