Viana do Castelo. Edifício dará lugar a Museu de Ciência Viva
Autarquia vai pagar cinco mil euros pelo espaço e pode demolir ou renovar
Durante mais de um século, a tradicional tourada esteve intimamente ligada a Viana do Castelo, o que agora deverá acabar com a compra pela Câmara Municipal da actual Praça de Touros. O objectivo passa por transformar o edifício num Museu de Ciência Viva, explicou o autarca socialista Defensor Moura.
"Visa claramente criar um espaço complementar ao parque ecológico urbano, com um Centro de Ciência Viva, semelhante ao Museu do Homem, na Corunha, Espanha", afirmou ontem Defensor Moura, que anunciou a aquisição aos actuais proprietários da actual Praça de Touros. "Ao fim de alguns anos de negociações, conseguimos aquisição, por um valor simbólico", explicou.
De forma a aproveitar a proximidade ao Parque Urbano, onde funciona o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental, a autarquia pretende estabelecer uma espécie de roteiro de pólo para visitas escolares, onde se incluiu ainda o navio-museu Gil Eannes. "Para que possam realizar visitas de estudo ligadas à ecologia e à biologia humana", explicou ainda Defensor Moura.
A autarquia ainda não decidiu se para as novas funções procederá à demolição do actual edifício ou se o mesmo sofrerá apenas uma intervenção de adaptação. A compra será feita por 5127,74 euros e, reconheceu Defensor Moura, deverá mesmo representar o fim das touradas em Viana do Castelo, tradição que remontava a 1871.
A tradição levou mesmo que no início do século XX um grupo de aficionados fundasse o Viana Taurino Clube. Nos últimos anos, o "redondel" da Argaçosa, junto ao rio Lima, na Meadela, não tinha grande actividade e recebia praticamente apenas uma tourada por ano, precisamente da Romaria.
O actual edifício foi construído em 1949, para que a cidade passasse a dispor de um espaço definitivo, dispondo mesmo de uma pequena capela no interior. Composta por 4900 lugares e 18 camarotes, teve uma intensa actividade inicial gerida pela Empresa da Praça de Touros Lda, então formada por 32 sócios. Por aquela praça passaram praticamente todos os maiores nomes da tourada portuguesa.
Uma tradição que pode ter uma origem ainda mais anterior, tendo em conta a existência de registos de 1685, em que se recomendava o corte das hastes do touro "devido às mortes que se registavam".
Autarquia vai pagar cinco mil euros pelo espaço e pode demolir ou renovar
Durante mais de um século, a tradicional tourada esteve intimamente ligada a Viana do Castelo, o que agora deverá acabar com a compra pela Câmara Municipal da actual Praça de Touros. O objectivo passa por transformar o edifício num Museu de Ciência Viva, explicou o autarca socialista Defensor Moura.
"Visa claramente criar um espaço complementar ao parque ecológico urbano, com um Centro de Ciência Viva, semelhante ao Museu do Homem, na Corunha, Espanha", afirmou ontem Defensor Moura, que anunciou a aquisição aos actuais proprietários da actual Praça de Touros. "Ao fim de alguns anos de negociações, conseguimos aquisição, por um valor simbólico", explicou.
De forma a aproveitar a proximidade ao Parque Urbano, onde funciona o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental, a autarquia pretende estabelecer uma espécie de roteiro de pólo para visitas escolares, onde se incluiu ainda o navio-museu Gil Eannes. "Para que possam realizar visitas de estudo ligadas à ecologia e à biologia humana", explicou ainda Defensor Moura.
A autarquia ainda não decidiu se para as novas funções procederá à demolição do actual edifício ou se o mesmo sofrerá apenas uma intervenção de adaptação. A compra será feita por 5127,74 euros e, reconheceu Defensor Moura, deverá mesmo representar o fim das touradas em Viana do Castelo, tradição que remontava a 1871.
A tradição levou mesmo que no início do século XX um grupo de aficionados fundasse o Viana Taurino Clube. Nos últimos anos, o "redondel" da Argaçosa, junto ao rio Lima, na Meadela, não tinha grande actividade e recebia praticamente apenas uma tourada por ano, precisamente da Romaria.
O actual edifício foi construído em 1949, para que a cidade passasse a dispor de um espaço definitivo, dispondo mesmo de uma pequena capela no interior. Composta por 4900 lugares e 18 camarotes, teve uma intensa actividade inicial gerida pela Empresa da Praça de Touros Lda, então formada por 32 sócios. Por aquela praça passaram praticamente todos os maiores nomes da tourada portuguesa.
Uma tradição que pode ter uma origem ainda mais anterior, tendo em conta a existência de registos de 1685, em que se recomendava o corte das hastes do touro "devido às mortes que se registavam".