(Por Cláudia Lima Costa. In “Portugal Diário”, 21 de Janeiro de 2009)
Pastam no meio do trânsito lisboeta para promoverem os Açores. Veja as reacções
O pasto improvisado para vacas colocado na Praça de Espanha, com o intuito de promover o turismo nos Açores está a levantar polémica. A associação Animal classifica a campanha publicitária como um «absurdo». Já a consultora responsável pela iniciativa assegura que todos os requisitos legais foram cumpridos e que o «bem-estar» dos animais está a ser assegurado.
VEJA AQUI O VÍDEO: http://www.videos.iol.pt/consola.php?projecto=27&mul_id=13106553&v_sort=&v_order=&tipo_conteudo=1&tipo=2&id_conteudo=&referer=1&query=&pagina=#
VEJA AQUI AS FOTOS: http://diario.iol.pt/artmedia.html?id=1034920&div_id=0&tipo=1&mul_id=13106538&pagina_actual=1
«É um absurdo que os animais sejam sujeitos ao stress causado pelo trânsito da Praça de Espanha, onde passam milhares de veículos todos os dias. Além disso, estes animais não têm um pasto adequado e estão sujeitos ao mau tempo, especialmente à chuva dos últimos dias», esclareceu ao PortugalDiário Miguel Moutinho, da Associação de Defesa dos Direitos dos Animais, ANIMAL.
Já a consultora Brand Builders, responsável pela campanha idealizada para a Associação de Turismo dos Açores, esclareceu que «todos os requisitos legais foram cumpridos», adiantando que, no local, estão dois tratadores e um veterinário em permanência. «Ao mínimo sinal de stress as vacas serão retiradas», garantiu ao PortugalDiário Paulo Moura Mesquita, CEO da Brand Builders.
Vacas não são dos Açores
«Sim, as vacas estão bem», declarou um dos tratadores que está de «vigia» aos animais e que pouco mais pode adiantar por ser romeno e não dominar o português. No pasto, as nove vacas, separadas em vários locais e confinadas a cercas, parecem indiferentes a toda a polémica.
Apesar de promoverem o turismo no Açores, no âmbito da Bolsa de Turismo de Lisboa, que decorre até dia 25 de Janeiro, os animais não vieram das ilhas porque «o transporte seria complicado e há que ter em conta o ambiente natural dos animais, precisamente para prevenir situações de stress», explicou Paulo Moura Mesquita.
A consultora garantiu ainda que «a dimensão dos espaços onde se encontram é adequada à quantidade de vacas por espaço» e «em termos de exposição às condições meteorológicas, os animais têm exactamente o mesmo tipo de exposição que na exploração de origem, ou seja ao ar livre, que é o ambiente natural das vacas».
Respeito pelos animais
«É uma questão de princípio. O facto destes animais estarem a ser «usados» em publicidade é condenável em si mesmo, uma vez que se baseia numa visão utilitária dos animais, que assim são tratados como peças que podem ser usadas em manobras publicitárias e não como indivíduos inerentemente respeitáveis», protesta a ANIMAL.
A associação garante ainda foi alertada para o caso através de mails e telefonemas de «cidadãos indignados com o que estava a acontecer. Já recebemos centenas de queixas e estamos a encaminha-las para as autoridades competentes», adiantou Miguel Moutinho.
A polémica causada pela campanha não deixa indiferente quem passa e há mesmo quem saia de casa com o intuito de ver com os próprios olhos. É o caso de Áurea Fernandes, de 73 anos, que disse ao PortugalDiário: «Vim de propósito ver porque não queria acreditar».
Pastam no meio do trânsito lisboeta para promoverem os Açores. Veja as reacções
O pasto improvisado para vacas colocado na Praça de Espanha, com o intuito de promover o turismo nos Açores está a levantar polémica. A associação Animal classifica a campanha publicitária como um «absurdo». Já a consultora responsável pela iniciativa assegura que todos os requisitos legais foram cumpridos e que o «bem-estar» dos animais está a ser assegurado.
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«É um absurdo que os animais sejam sujeitos ao stress causado pelo trânsito da Praça de Espanha, onde passam milhares de veículos todos os dias. Além disso, estes animais não têm um pasto adequado e estão sujeitos ao mau tempo, especialmente à chuva dos últimos dias», esclareceu ao PortugalDiário Miguel Moutinho, da Associação de Defesa dos Direitos dos Animais, ANIMAL.
Já a consultora Brand Builders, responsável pela campanha idealizada para a Associação de Turismo dos Açores, esclareceu que «todos os requisitos legais foram cumpridos», adiantando que, no local, estão dois tratadores e um veterinário em permanência. «Ao mínimo sinal de stress as vacas serão retiradas», garantiu ao PortugalDiário Paulo Moura Mesquita, CEO da Brand Builders.
Vacas não são dos Açores
«Sim, as vacas estão bem», declarou um dos tratadores que está de «vigia» aos animais e que pouco mais pode adiantar por ser romeno e não dominar o português. No pasto, as nove vacas, separadas em vários locais e confinadas a cercas, parecem indiferentes a toda a polémica.
Apesar de promoverem o turismo no Açores, no âmbito da Bolsa de Turismo de Lisboa, que decorre até dia 25 de Janeiro, os animais não vieram das ilhas porque «o transporte seria complicado e há que ter em conta o ambiente natural dos animais, precisamente para prevenir situações de stress», explicou Paulo Moura Mesquita.
A consultora garantiu ainda que «a dimensão dos espaços onde se encontram é adequada à quantidade de vacas por espaço» e «em termos de exposição às condições meteorológicas, os animais têm exactamente o mesmo tipo de exposição que na exploração de origem, ou seja ao ar livre, que é o ambiente natural das vacas».
Respeito pelos animais
«É uma questão de princípio. O facto destes animais estarem a ser «usados» em publicidade é condenável em si mesmo, uma vez que se baseia numa visão utilitária dos animais, que assim são tratados como peças que podem ser usadas em manobras publicitárias e não como indivíduos inerentemente respeitáveis», protesta a ANIMAL.
A associação garante ainda foi alertada para o caso através de mails e telefonemas de «cidadãos indignados com o que estava a acontecer. Já recebemos centenas de queixas e estamos a encaminha-las para as autoridades competentes», adiantou Miguel Moutinho.
A polémica causada pela campanha não deixa indiferente quem passa e há mesmo quem saia de casa com o intuito de ver com os próprios olhos. É o caso de Áurea Fernandes, de 73 anos, que disse ao PortugalDiário: «Vim de propósito ver porque não queria acreditar».