segunda-feira, 27 de abril de 2009

Peça ao Presidente da Câmara Municipal de Espinho que não autorize duas touradas anunciadas para Julho, em Espinho

Peça ao Presidente da Câmara Municipal de Espinho que não autorize duas touradas anunciadas para Julho, em Espinho, decidindo antes declarar Espinho uma "Cidade Anti-Touradas"

Segundo informa o site tauromáquico “Farpas Blogue” (http://farpasblogue.blogspot.com/2009/04/toiros-voltam-espinho.html), estão ser preparadas duas touradas para decorrerem em Espinho, a 12 e 25 de Julho, numa cidade que, felizmente, já há muito tempo não tem actividade tauromáquica – e é assim que deve continuar, devendo, além disso, tornar-se também, à semelhança de Viana do Castelo, “Cidade Anti-Touradas”.

Por favor, envie a mensagem sugerida abaixo – ou escreva a sua própria mensagem, se preferir – ao Presidente da Câmara Municipal de Espinho, pedindo-lhe não só para não autorizar a realização destas ou de quaisquer outras touradas em Espinho – uma vez que só podem ter lugar touradas nesta cidade se a câmara as autorizar – mas também para declarar oficialmente Espinho uma “Cidade Anti-Touradas”, como aconteceu em Viana do Castelo e na linha das medidas semelhantes tomadas pelas câmaras municipais de Braga, Cascais e Sintra. Por favor envie a sua mensagem para: expediente@cm-espinho.pt; turismo@cm-espinho.pt; dac.cultura@cm-espinho.pt; Com Conhecimento (Cc) à Deputada do Partido Socialista Rosa Albernaz, de Espinho, que sempre se opôs às touradas, albernaz@ps.parlamento.pt e a campanhas@animal.org.pt.

Mensagem Sugerida

Exm.º Senhor Dr. José Barbosa Mota,
Digníssimo Presidente da Câmara Municipal de Espinho:

Excelência,

De acordo com pelo menos uma notícia veiculada pelo site tauromáquico “Farpas Blogue” (
http://farpasblogue.blogspot.com/2009/04/toiros-voltam-espinho.html), estão ser preparadas duas touradas para decorrerem em Espinho, a 12 e 25 de Julho, numa cidade que, felizmente, já há muito tempo não tem actividade tauromáquica.

Espinho é uma bela cidade turística que está e tem estado, felizmente, livre de touradas e que, acredito, assim deve continuar. Infelizmente, porém, está na mira da indústria tauromáquica, que, em virtude do estrangulamento social que está a experienciar pelo facto da tauromaquia suscitar uma cada vez maior e mais expressiva repulsa social – que tem tido, de resto, importantes ecos na comunicação social nas últimas semanas –, está desesperadamente a tentar levar touradas onde elas não existem e onde nem sequer há qualquer tradição tauromáquica, como é o caso de Espinho.

Como será do conhecimento de V. Ex.ª, o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo decidiu, no início deste ano, dar um passo pioneiro em Portugal: declarou Viana do Castelo uma cidade anti-touradas, decidindo não voltar a autorizar a realização de touradas nesta cidade (sempre que tal dependa de autorização do município) e decidindo comprar a praça de touros local para a converter num centro educativo de ciência viva. Na sequência da tomada destas decisões, o autarca de Viana do Castelo foi louvado por milhares de pessoas de Portugal e de países de todo o mundo, assim como por dezenas de organizações de protecção dos animais de todo o mundo. Nessa instância, o mesmo autarca considerou esta sua medida como “a medida mais popular de sempre” que alguma vez tomou como autarca. Subsequentemente, as câmaras municipais de Braga, Cascais e Sintra deram passos no sentido de também não autorizarem mais corridas de touros nestes concelhos.

Chamo ainda a atenção de V. Ex.ª para os seguintes factos:

· O povo português tem, nos últimos anos, afirmado uma forte posição de condenação das touradas e de defesa do fim destas, e considerando que essa posição tem-se manifestado de modo especialmente expressivo no Norte do país, nomeadamente na cidade de Espinho;

· Segundo uma sondagem CIES/ISCTE/MetrisGfk encomendada pela ANIMAL feita em Portugal em Março de 2007, 50,5% dos portugueses declaram querer que as touradas sejam proibidas por lei em todo o país e 52,4% dos portugueses declaram querer que as cidades e vilas em que residem sejam declaradas cidades e vilas anti-touradas pelos respectivos municípios, através da implementação de compromissos municipais de não-autorização da promoção e realização de touradas nos concelhos que administram;

· Segundo a supra-citada sondagem, a oposição às touradas é comprovadamente ainda mais expressiva na região do Grande Porto (na qual está, para os efeitos deste estudo, incluída a cidade de Espinho), havendo 73,6% dos habitantes desta região que declaram querer que as touradas sejam proibidas por lei em todo o país e 77,8% que declaram querer que as cidades e vilas em que residem sejam declaradas cidades e vilas anti-touradas pelos respectivos municípios, através da implementação de compromissos municipais de não-autorização da promoção e realização de touradas nos concelhos que administram.

Peço, pois, a V. Ex.ª que não permita que uma actividade cruel e sangrenta como é a tourada possa ter lugar em Espinho. Mais peço à Câmara Municipal de Espinho, na pessoa de V. Ex.ª, que não só recuse conceder qualquer licença ou autorização, em tudo o que dependa do Município de Espinho, para a realização destas ou de quaisquer outras touradas, como também adopte as seguintes decisões:

Primeira. – Declarar Espinho oficialmente uma cidade amiga dos animais e respeitadora dos seus direitos.

Segunda. – No âmbito da primeira decisão, declarar Espinho uma cidade anti-touradas, ou seja, oficial e simbolicamente oposta à promoção e realização de corridas de touros e de quaisquer actos de violência ou tortura contra animais que lhes possam causar ansiedade, angústia, medo ou sofrimento físico ou psicológico e emocional de alguma ordem.

Terceira. – No âmbito da primeira e segunda decisões, expressar a vontade institucional do Município de Espinho de que não sejam promovidas ou realizadas quaisquer corridas de touros na cidade, em qualquer espaço, público ou privado, e não autorizar a realização de qualquer espectáculos tauromáquico no concelho de Espinho, sempre que ele dependa, em alguma medida, de qualquer autorização a ser concedida pelo Município.

Quarta. – Expressar, junto do Parlamento e do Governo, a vontade do Município de Espinho de ver as corridas de touros proibidas em todo o país através de uma Lei da República, a bem de Portugal enquanto país que se quer moderno e continuamente progressista, a bem da sociedade portuguesa, que não admite a violência contra animais, e a bem dos animais em Portugal.

Quinta. – Expressar, junto de outros Municípios da região onde Espinho está inserido, bem como junto de outros Municípios com os quais o Município de Espinho tenha uma maior proximidade institucional, a vontade de vê-los a acompanhar a presente declaração de princípios e tomada de medidas para concretizar um passo importante na protecção dos animais, como é o caso da implementação de compromissos municipais anti-touradas nos concelhos sob a administração dos municípios que os estabelecem oficialmente.

Agradecendo antecipadamente a atenção de V. Ex.ª e ficando na expectativa de uma resposta a esta mensagem, que espero que seja positiva,

Com os meus melhores cumprimentos,

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