(Por Sofia Rato. In “Correio da Manhã”, 12 de Maio de 2009)
[A Câmara Municipal de Lisboa continua a comportar-se de forma vergonhosa para com os animais da cidade, não mudando o seu comportamento. É urgente e fundamental fazer com que o Governo aprove nova, forte e eficaz legislação de protecção dos animais de companhia, que obrigue as câmaras a proteger e respeitar os animais, em vez de lhes permitir agirem contra eles]
Os moradores da freguesia do Castelo, em Lisboa, estão indignados e acusam a Câmara Municipal de Lisboa de maltratar os gatos de rua que deambulam naquela zona e que são tratados e alimentados pelos próprios moradores.
"Na madrugada de 23 de Abril, pelas três da madrugada, apareceu uma carrinha da câmara e começou a apanhar os gatos de uma forma bárbara e a atirá-los lá para dentro como se fossem mercadoria. Chegaram a partir as patas a um deles, que conseguiu fugir. Foi desumano", contaram ao CM Gabriela Ribeiro e Rita Silva.
Em 2006, cerca de duas dezenas de moradores e a junta de freguesia do Castelo celebraram um protocolo com a autarquia no qual se comprometiam a tomar conta dos gatos de rua da zona. "Quando os animais estavam doentes ou necessitavam de ser esterilizados, a câmara levava-os em caixas específicas para o gatil e aqueles que estavam em condições eram devolvidos. Desta vez os funcionários até gozaram com a nossa preocupação", dizem as moradoras.
"Tínhamos pedido uma intervenção da autarquia, mas estas coisas costumam ser agendadas. Não posso concordar que se recolham gatos de uma forma bárbara", contou ao CM Carlos Lima, presidente da junta do Castelo.
Contactado pelo CM, o gabinete de Sá Fernandes, vereador da câmara com o pelouro do Ambiente, explicou que "a intervenção aconteceu a pedido da junta de freguesia e dos moradores. Nós informámos a junta. Uma veterinária da câmara já tinha identificado vários gatos que não estavam ao abrigo do protocolo e que podem propagar doenças ou ser um chamariz para outros animais". A câmara disse ainda ao CM que está a investigar a denúncia dos moradores sobre os alegados maus tratos aos animais.
Curiosamente, esta recolha de madrugada aconteceu exactamente um dia antes de o autarca António Costa visitar o Núcleo Museológico do Castelo de São Jorge.
APONTAMENTOS
ALIMENTAÇÃO
Os moradores do Castelo compram ração seca para gatos e alguns patês em sacos de vinte quilos. Gastam uma média de 50 euros por mês para alimentar os animais da sua freguesia.
PATAS PARTIDAS
De acordo com os moradores, um dos gatos que os funcionários da autarquia tentaram apanhar ficou com as patas partidas e, apesar de lesionado, anda fugido da freguesia. Os moradores não conseguem tratá-lo.
ATROPELADO
No final de Abril um gato foi atropelado no Castelo pelas 23h00. Os moradores alegam que ligaram imediatamente para a câmara, mas que esta só recolheu o gato, que estava em sofrimento, às 14h50 do dia seguinte.
CARTA
No dia 4 de Maio os moradores do Castelo endereçaram uma carta ao autarca António Costa, mas ainda não tiveram resposta.
[A Câmara Municipal de Lisboa continua a comportar-se de forma vergonhosa para com os animais da cidade, não mudando o seu comportamento. É urgente e fundamental fazer com que o Governo aprove nova, forte e eficaz legislação de protecção dos animais de companhia, que obrigue as câmaras a proteger e respeitar os animais, em vez de lhes permitir agirem contra eles]
Os moradores da freguesia do Castelo, em Lisboa, estão indignados e acusam a Câmara Municipal de Lisboa de maltratar os gatos de rua que deambulam naquela zona e que são tratados e alimentados pelos próprios moradores.
"Na madrugada de 23 de Abril, pelas três da madrugada, apareceu uma carrinha da câmara e começou a apanhar os gatos de uma forma bárbara e a atirá-los lá para dentro como se fossem mercadoria. Chegaram a partir as patas a um deles, que conseguiu fugir. Foi desumano", contaram ao CM Gabriela Ribeiro e Rita Silva.
Em 2006, cerca de duas dezenas de moradores e a junta de freguesia do Castelo celebraram um protocolo com a autarquia no qual se comprometiam a tomar conta dos gatos de rua da zona. "Quando os animais estavam doentes ou necessitavam de ser esterilizados, a câmara levava-os em caixas específicas para o gatil e aqueles que estavam em condições eram devolvidos. Desta vez os funcionários até gozaram com a nossa preocupação", dizem as moradoras.
"Tínhamos pedido uma intervenção da autarquia, mas estas coisas costumam ser agendadas. Não posso concordar que se recolham gatos de uma forma bárbara", contou ao CM Carlos Lima, presidente da junta do Castelo.
Contactado pelo CM, o gabinete de Sá Fernandes, vereador da câmara com o pelouro do Ambiente, explicou que "a intervenção aconteceu a pedido da junta de freguesia e dos moradores. Nós informámos a junta. Uma veterinária da câmara já tinha identificado vários gatos que não estavam ao abrigo do protocolo e que podem propagar doenças ou ser um chamariz para outros animais". A câmara disse ainda ao CM que está a investigar a denúncia dos moradores sobre os alegados maus tratos aos animais.
Curiosamente, esta recolha de madrugada aconteceu exactamente um dia antes de o autarca António Costa visitar o Núcleo Museológico do Castelo de São Jorge.
APONTAMENTOS
ALIMENTAÇÃO
Os moradores do Castelo compram ração seca para gatos e alguns patês em sacos de vinte quilos. Gastam uma média de 50 euros por mês para alimentar os animais da sua freguesia.
PATAS PARTIDAS
De acordo com os moradores, um dos gatos que os funcionários da autarquia tentaram apanhar ficou com as patas partidas e, apesar de lesionado, anda fugido da freguesia. Os moradores não conseguem tratá-lo.
ATROPELADO
No final de Abril um gato foi atropelado no Castelo pelas 23h00. Os moradores alegam que ligaram imediatamente para a câmara, mas que esta só recolheu o gato, que estava em sofrimento, às 14h50 do dia seguinte.
CARTA
No dia 4 de Maio os moradores do Castelo endereçaram uma carta ao autarca António Costa, mas ainda não tiveram resposta.