(Por Olímpia Granada. In “Açoriano Oriental”, 11 de Maio de 2009)
A sessão plenária de Maio da Assembleia Legislativa Regional, na Horta, está antecipadamente marcada pelo debate e votação em torno do polémico diploma que pretende legalizar as corridas de touros picadas nos Açores. Também conhecidas por sorte de varas.
A iniciativa, assinada por 26 dos 57 deputados regionais, foi aceite pela maioria dos parlamentares com assento na comissão especializada (seis votos a favor - três do PS e três do PSD - quatro contra do PS, duas abstenções - uma do PSD e outra do CDS-PP- e a ausência do BE). Porém, entre abstenções e posições assumidamente contra tomadas fora da Comissão Parlamentar de Assuntos Sociais, ainda não é líquido que o diploma seja aprovado. Isto num debate em que foi dada liberdade de voto aos deputados por parte das lideranças parlamentares. De resto, os 26 proponentes do diploma pertencem às bancadas do PS, PSD, CDS-PP e PPM.
Assim, a cor partidária - excepção feita à CDU e BE que são contra - não é indicativa do sentido de voto dos deputados, numa matéria que ‘estreia’ a competência legislativa do Parlamento Regional em matéria de espectáculos e divertimentos públicos na Região, resultante da aprovação do novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores.
A polémica extravasou, de resto, as paredes do hemiciclo, com o Parlamento açoriano a ter recebido centenas de petições da chamada sociedade civil sobre a questão, sendo a maioria das quais contra a legalização das corridas de touros picadas. Este é um dos temas agendados para a sessão que se inicia esta tarde e o debate, a cumprir-se a ordem de trabalhos prevista, deverá acontecer amanhã.
Recorde-se que para o presidente da Associação Ecológica Amigos dos Açores, a decisão tomada pela Comissão Parlamentar de Assuntos Sociais significa um "retrocesso civilizacional".
Já para Arlindo Teles, presidente da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, citado pela Lusa, a decisão foi "um passo positivo", apesar do que classificou como "campanha de desinformação" que tem rodeado este processo.
A associação Amigos dos Açores enviou uma carta aberta aos deputados do Parlamento açoriano apelando a que "pensem bem" quando votarem o diploma legislativo que permite a realização das corridas de touros picadas.
"Peço-vos que pensem bem antes de mancharem sanguinariamente o paraíso ambiental com que os Açores começam a ser reconhecidos internacionalmente", lê-se na carta assinada por Diogo Caetano, presidente da associação. Para os ecologistas, as corridas picadas são "uma prática taurina de extrema violência para o touro e o cavalo, que nada tem a ver com as tradições tauromáquicas da Região nem do país". Ontem, surgiu mais uma petição, desta feita "Pelo Referendo Regional sobre a Sorte de Varas", assinada por um grupo de cidadãos.
A sessão plenária de Maio da Assembleia Legislativa Regional, na Horta, está antecipadamente marcada pelo debate e votação em torno do polémico diploma que pretende legalizar as corridas de touros picadas nos Açores. Também conhecidas por sorte de varas.
A iniciativa, assinada por 26 dos 57 deputados regionais, foi aceite pela maioria dos parlamentares com assento na comissão especializada (seis votos a favor - três do PS e três do PSD - quatro contra do PS, duas abstenções - uma do PSD e outra do CDS-PP- e a ausência do BE). Porém, entre abstenções e posições assumidamente contra tomadas fora da Comissão Parlamentar de Assuntos Sociais, ainda não é líquido que o diploma seja aprovado. Isto num debate em que foi dada liberdade de voto aos deputados por parte das lideranças parlamentares. De resto, os 26 proponentes do diploma pertencem às bancadas do PS, PSD, CDS-PP e PPM.
Assim, a cor partidária - excepção feita à CDU e BE que são contra - não é indicativa do sentido de voto dos deputados, numa matéria que ‘estreia’ a competência legislativa do Parlamento Regional em matéria de espectáculos e divertimentos públicos na Região, resultante da aprovação do novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores.
A polémica extravasou, de resto, as paredes do hemiciclo, com o Parlamento açoriano a ter recebido centenas de petições da chamada sociedade civil sobre a questão, sendo a maioria das quais contra a legalização das corridas de touros picadas. Este é um dos temas agendados para a sessão que se inicia esta tarde e o debate, a cumprir-se a ordem de trabalhos prevista, deverá acontecer amanhã.
Recorde-se que para o presidente da Associação Ecológica Amigos dos Açores, a decisão tomada pela Comissão Parlamentar de Assuntos Sociais significa um "retrocesso civilizacional".
Já para Arlindo Teles, presidente da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, citado pela Lusa, a decisão foi "um passo positivo", apesar do que classificou como "campanha de desinformação" que tem rodeado este processo.
A associação Amigos dos Açores enviou uma carta aberta aos deputados do Parlamento açoriano apelando a que "pensem bem" quando votarem o diploma legislativo que permite a realização das corridas de touros picadas.
"Peço-vos que pensem bem antes de mancharem sanguinariamente o paraíso ambiental com que os Açores começam a ser reconhecidos internacionalmente", lê-se na carta assinada por Diogo Caetano, presidente da associação. Para os ecologistas, as corridas picadas são "uma prática taurina de extrema violência para o touro e o cavalo, que nada tem a ver com as tradições tauromáquicas da Região nem do país". Ontem, surgiu mais uma petição, desta feita "Pelo Referendo Regional sobre a Sorte de Varas", assinada por um grupo de cidadãos.