Coligação “Por Uma Europa Livre de Touradas” exprime a sua indignação e condena vivamente a participação de importantes figuras políticas no “Fórum Mundial da Cultura Taurina”, que está prestes a decorrer nos Açores
Está no centro da contestação internacional, marcada por diversas organizações de defesa dos direitos dos animais – entre as quais a ANIMAL, de Portugal –, o anunciado "Fórum Mundial da Cultura Taurina", evento promovido pela indústria tauromáquica internacional que decorrerá entre os dias 29 e 31 de Janeiro em Angra do Heroísmo, nos Açores.
Sintomaticamente, este é anunciado pelos seus promotores como um fórum dedicado a encontrar estratégias para salvar a tauromaquia do risco de extinção que enfrenta, resultante da eficaz ofensiva ética, cívica e política que as organizações de defesa dos animais têm marcado em defesa da abolição da tauromaquia.
As organizações CAS International – Comité Anti-Stierenvechten (Comité Anti-Touradas da Holanda e Bélgica), ANIMAL, SOS – Stop Our Shame, de Espanha, e WSPA – World Society for the Protection of Animals, sedeada em Inglaterra, integradas na Coligação “For a Bullfighting-Free Europe” (Coligação Por uma Europa Livre de Touradas), condenam vivamente o facto de estarem envolvidas neste vergonhoso evento de defesa e promoção da tortura de animais sob a forma de espectáculo importantes figuras políticas e do Estado Português – mais do que apenas figuras do meio tauromáquico –, nomeadamente o ex-Presidente da República Jorge Sampaio, o Presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, e o Representante da República para a Região dos Açores, José António Mesquita, assim como autarcas de entre os quais se destaca o Presidente da Câmara Municipal de Santarém, Moita Flores. Estas organizações condenam igualmente a participação neste fórum de eurodeputados de Portugal, Espanha e França, lamentando a falta de isenção política ostensiva destas personalidades.
"Portugal, a Europa e o mundo devem apenas dar passos no sentido de abolir – e não de promover – as touradas, que não passam de espectáculos deploráveis de violência extrema contra animais. A existência de touradas continua a envergonhar as poucas nações que ainda as mantêm lícitas, ao mesmo tempo que, até nestas, cresce sem parar a indignação e agitação sociais que as mesmas despertam", afirmou Jennifer Berengueras, representante da Coligação “For a Bullfighting-Free Europe”.
"Sondagens diversas mostram, sem deixar dúvidas, que os povos português, espanhol e francês, assim como de países da América do Sul onde ainda existem touradas, não só não têm qualquer interesse nestas como vão mais longe, querendo que estas sejam proibidas por lei. É também nestes países que cada vez mais cidades e vilas se afirmam livres de touradas, deixando de as autorizar localmente, condenando-as oficial e publicamente, chegando a transformar praças de touros locais em centros de educação e ciência, como está a acontecer em Viana do Castelo por feliz decisão do autarca desta cidade", declarou Alyx Dow, representante da WSPA – World Society for the Protection of Animals.
Já o médico-veterinário José Enrique Zaldívar, Vice-Presidente da AVAT – Asociación de Veterinarios Abolicionistas de la Tauromaquia, considera que “Continua a surpreender-nos que estudos cujos resultados, quando analisados em detalhe, sugerem que os touros sofrem mais nas touradas do que se pensava inicialmente, sejam apresentados por veterinários pró-tauromaquia em conferências como a que terá lugar nos Açores, sugerindo nestas que os touros usados em touradas são mamíferos “especiais” que não sofrem quando são feridos ou mortos. Isto demonstra os extremos até onde a indústria tauromáquica está disposta a ir para tentar desesperadamente racionalizar e defender as suas actividades”.
Para Jordi Casamitjana, Coordenador de Campanhas do CAS International, "Deveria fazer parte do senso comum acreditar que não há espaço para a tauromaquia em qualquer sociedade que se queira afirmar civilizada e que de facto preze a cultura. Esta actividade aviltante deve apenas passar a fazer parte da História".
"Os líderes políticos, legisladores e governantes devem ser os primeiros cultores do progresso social, moral e cultural das sociedades que representam. É, pois, absolutamente vergonhoso que figuras como Jorge Sampaio, Carlos César ou José António Mesquita, entre outros, se encontrem de algum modo envolvidos neste fórum vergonhoso. Tal demonstra, de resto e mais uma vez, que, se não fossem as amizades políticas e ilegítimos apoios institucionais dos estados que ainda hoje permitem touradas, a tauromaquia já não estaria de pé", afirmou Miguel Moutinho, Presidente da ANIMAL.
Para mais informações sobre as organizações subscritoras desta tomada de posição conjunta, por favor ver:
- Coligação “For a Bullfighting-Free Europe”, www.bullfightingfreeeurope.org;
- ANIMAL, www.animal.org.pt;
- CAS International, www.cas-international.org;
- SOS – Stop Our Shame, www.stopourshame.com;
- AVAT – Asociación de Veterinarios Abolicionistas de la Tauromaquia, www.avatau.com e http://www.blogveterinario.com/2008/05/mi-respuesta-al-estudio-hormonal-en-el.html
Está no centro da contestação internacional, marcada por diversas organizações de defesa dos direitos dos animais – entre as quais a ANIMAL, de Portugal –, o anunciado "Fórum Mundial da Cultura Taurina", evento promovido pela indústria tauromáquica internacional que decorrerá entre os dias 29 e 31 de Janeiro em Angra do Heroísmo, nos Açores.
Sintomaticamente, este é anunciado pelos seus promotores como um fórum dedicado a encontrar estratégias para salvar a tauromaquia do risco de extinção que enfrenta, resultante da eficaz ofensiva ética, cívica e política que as organizações de defesa dos animais têm marcado em defesa da abolição da tauromaquia.
As organizações CAS International – Comité Anti-Stierenvechten (Comité Anti-Touradas da Holanda e Bélgica), ANIMAL, SOS – Stop Our Shame, de Espanha, e WSPA – World Society for the Protection of Animals, sedeada em Inglaterra, integradas na Coligação “For a Bullfighting-Free Europe” (Coligação Por uma Europa Livre de Touradas), condenam vivamente o facto de estarem envolvidas neste vergonhoso evento de defesa e promoção da tortura de animais sob a forma de espectáculo importantes figuras políticas e do Estado Português – mais do que apenas figuras do meio tauromáquico –, nomeadamente o ex-Presidente da República Jorge Sampaio, o Presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, e o Representante da República para a Região dos Açores, José António Mesquita, assim como autarcas de entre os quais se destaca o Presidente da Câmara Municipal de Santarém, Moita Flores. Estas organizações condenam igualmente a participação neste fórum de eurodeputados de Portugal, Espanha e França, lamentando a falta de isenção política ostensiva destas personalidades.
"Portugal, a Europa e o mundo devem apenas dar passos no sentido de abolir – e não de promover – as touradas, que não passam de espectáculos deploráveis de violência extrema contra animais. A existência de touradas continua a envergonhar as poucas nações que ainda as mantêm lícitas, ao mesmo tempo que, até nestas, cresce sem parar a indignação e agitação sociais que as mesmas despertam", afirmou Jennifer Berengueras, representante da Coligação “For a Bullfighting-Free Europe”.
"Sondagens diversas mostram, sem deixar dúvidas, que os povos português, espanhol e francês, assim como de países da América do Sul onde ainda existem touradas, não só não têm qualquer interesse nestas como vão mais longe, querendo que estas sejam proibidas por lei. É também nestes países que cada vez mais cidades e vilas se afirmam livres de touradas, deixando de as autorizar localmente, condenando-as oficial e publicamente, chegando a transformar praças de touros locais em centros de educação e ciência, como está a acontecer em Viana do Castelo por feliz decisão do autarca desta cidade", declarou Alyx Dow, representante da WSPA – World Society for the Protection of Animals.
Já o médico-veterinário José Enrique Zaldívar, Vice-Presidente da AVAT – Asociación de Veterinarios Abolicionistas de la Tauromaquia, considera que “Continua a surpreender-nos que estudos cujos resultados, quando analisados em detalhe, sugerem que os touros sofrem mais nas touradas do que se pensava inicialmente, sejam apresentados por veterinários pró-tauromaquia em conferências como a que terá lugar nos Açores, sugerindo nestas que os touros usados em touradas são mamíferos “especiais” que não sofrem quando são feridos ou mortos. Isto demonstra os extremos até onde a indústria tauromáquica está disposta a ir para tentar desesperadamente racionalizar e defender as suas actividades”.
Para Jordi Casamitjana, Coordenador de Campanhas do CAS International, "Deveria fazer parte do senso comum acreditar que não há espaço para a tauromaquia em qualquer sociedade que se queira afirmar civilizada e que de facto preze a cultura. Esta actividade aviltante deve apenas passar a fazer parte da História".
"Os líderes políticos, legisladores e governantes devem ser os primeiros cultores do progresso social, moral e cultural das sociedades que representam. É, pois, absolutamente vergonhoso que figuras como Jorge Sampaio, Carlos César ou José António Mesquita, entre outros, se encontrem de algum modo envolvidos neste fórum vergonhoso. Tal demonstra, de resto e mais uma vez, que, se não fossem as amizades políticas e ilegítimos apoios institucionais dos estados que ainda hoje permitem touradas, a tauromaquia já não estaria de pé", afirmou Miguel Moutinho, Presidente da ANIMAL.
Para mais informações sobre as organizações subscritoras desta tomada de posição conjunta, por favor ver:
- Coligação “For a Bullfighting-Free Europe”, www.bullfightingfreeeurope.org;
- ANIMAL, www.animal.org.pt;
- CAS International, www.cas-international.org;
- SOS – Stop Our Shame, www.stopourshame.com;
- AVAT – Asociación de Veterinarios Abolicionistas de la Tauromaquia, www.avatau.com e http://www.blogveterinario.com/2008/05/mi-respuesta-al-estudio-hormonal-en-el.html