(In “Destak”, 13 de Maio de 2009)
A Assembleia Legislativa dos Açores interrompeu hoje, ao final do dia, o debate da proposta legislativa que legaliza as corridas de touros picadas no Arquipélago, remetendo a votação para a sessão de quinta-feira.
A Assembleia Legislativa dos Açores interrompeu hoje, ao final do dia, o debate da proposta legislativa que legaliza as corridas de touros picadas no Arquipélago, remetendo a votação para a sessão de quinta-feira.
Os trabalhos parlamentares, que só deviam terminar às 20:00 (21:00 em Lisboa), foram interrompidos 15 minutos mais cedo, a pedido do deputado Clélio Menezes, do PSD, que pediu um intervalo regimental, obrigando a adiar a votação para quinta-feira.
A iniciativa do deputado social-democrata, defensor da sorte de varas, visou tentar alcançar consensos em torno desta matéria, embora o debate em plenário, que durou quase três horas, tenha revelado muitas divergências ente os contestatários e os apoiantes das corridas picadas.
Uma das vozes mais críticas foi a de Artur Lima, do CDS/PP, que acusou os deputados que estão contra a sorte de varas de serem «fundamentalistas» e «hipócritas» ao falarem de uma matéria que «desconhecem».
«Os senhores não sabem o que é uma tourada com lides picadas», acusou Artur Lima, apelando aos deputados para que defendam os «costumes e tradições» açorianas.
Em discussão estava uma proposta de decreto legislativo regional, subscrita por 26 deputados do PS, PSD, CDS e PPM, que defendia a introdução das touradas picadas nos Açores.
Clélio Meneses, do PSD, criticou a forma e os meios utilizados na campanha contra as corridas picadas, em especial os artigos da imprensa açoriana, os comentários na Internet e as fotografias onde apareciam «deputados com ferros espetados nas costas».
O deputado social-democrata insurgiu-se também contra os deputados do Bloco de Esquerda e do PCP, que há muito se manifestam contra a introdução das corridas picadas nos Açores, acusando-os de pretenderem terminar com todo e qualquer tipo de espectáculo tauromáquico nas ilhas.
Por seu turno, Aníbal Pires, do PCP, apelou aos deputados para que «não aprovem» um diploma que «adultera» as tradições açorianas, frisando que a sorte de varas «não é uma tradição nos Açores».
O deputado comunista alertou também para a «luta» que este diploma poderá suscitar, recordando que um diploma semelhante, aprovado na Assembleia Regional em 2002, foi considerado inconstitucional.
Também Zuraida Soares, do Bloco de Esquerda, chamou a atenção do plenário para «os perigos» que um diploma como este pode provocar junto dos «centralistas», acrescentando que isso não iria resultar em «nada de positivo» para o novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores.
Apesar das 26 assinaturas implicarem que são apenas necessários mais três votos para o diploma ser aprovado, os defensores da sorte de varas ainda não conseguiram garantir a maioria dos votos no parlamento açoriano.
Os líderes dos dois maiores partidos, Carlos César, do PS, e Berta Cabral, do PSD, deram liberdade de voto aos seus deputados.
Carlos César revelou ser contra as corridas picadas, enquanto Berta Cabral não chegou a esclarecer qual a sua posição nesta matéria.
A Assembleia Legislativa dos Açores interrompeu hoje, ao final do dia, o debate da proposta legislativa que legaliza as corridas de touros picadas no Arquipélago, remetendo a votação para a sessão de quinta-feira.
A Assembleia Legislativa dos Açores interrompeu hoje, ao final do dia, o debate da proposta legislativa que legaliza as corridas de touros picadas no Arquipélago, remetendo a votação para a sessão de quinta-feira.
Os trabalhos parlamentares, que só deviam terminar às 20:00 (21:00 em Lisboa), foram interrompidos 15 minutos mais cedo, a pedido do deputado Clélio Menezes, do PSD, que pediu um intervalo regimental, obrigando a adiar a votação para quinta-feira.
A iniciativa do deputado social-democrata, defensor da sorte de varas, visou tentar alcançar consensos em torno desta matéria, embora o debate em plenário, que durou quase três horas, tenha revelado muitas divergências ente os contestatários e os apoiantes das corridas picadas.
Uma das vozes mais críticas foi a de Artur Lima, do CDS/PP, que acusou os deputados que estão contra a sorte de varas de serem «fundamentalistas» e «hipócritas» ao falarem de uma matéria que «desconhecem».
«Os senhores não sabem o que é uma tourada com lides picadas», acusou Artur Lima, apelando aos deputados para que defendam os «costumes e tradições» açorianas.
Em discussão estava uma proposta de decreto legislativo regional, subscrita por 26 deputados do PS, PSD, CDS e PPM, que defendia a introdução das touradas picadas nos Açores.
Clélio Meneses, do PSD, criticou a forma e os meios utilizados na campanha contra as corridas picadas, em especial os artigos da imprensa açoriana, os comentários na Internet e as fotografias onde apareciam «deputados com ferros espetados nas costas».
O deputado social-democrata insurgiu-se também contra os deputados do Bloco de Esquerda e do PCP, que há muito se manifestam contra a introdução das corridas picadas nos Açores, acusando-os de pretenderem terminar com todo e qualquer tipo de espectáculo tauromáquico nas ilhas.
Por seu turno, Aníbal Pires, do PCP, apelou aos deputados para que «não aprovem» um diploma que «adultera» as tradições açorianas, frisando que a sorte de varas «não é uma tradição nos Açores».
O deputado comunista alertou também para a «luta» que este diploma poderá suscitar, recordando que um diploma semelhante, aprovado na Assembleia Regional em 2002, foi considerado inconstitucional.
Também Zuraida Soares, do Bloco de Esquerda, chamou a atenção do plenário para «os perigos» que um diploma como este pode provocar junto dos «centralistas», acrescentando que isso não iria resultar em «nada de positivo» para o novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores.
Apesar das 26 assinaturas implicarem que são apenas necessários mais três votos para o diploma ser aprovado, os defensores da sorte de varas ainda não conseguiram garantir a maioria dos votos no parlamento açoriano.
Os líderes dos dois maiores partidos, Carlos César, do PS, e Berta Cabral, do PSD, deram liberdade de voto aos seus deputados.
Carlos César revelou ser contra as corridas picadas, enquanto Berta Cabral não chegou a esclarecer qual a sua posição nesta matéria.