(In “SOL”, 13 de Maio de 2009)
A tradicional garraiada vai ser excluída do programa, deste ano, da Semana Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, a pedido de um grupo de alunos que considera que esta iniciativa viola o direito dos animais
Fonte da Associação Académica da UTAD (AAUTAD) disse hoje que a maioria dos alunos que participaram na Reunião Geral de Alunos votou a favor da exclusão da garraiada das festividades da Semana Académica, que decorre entre quinta-feira e dia 20.
Com esta decisão, a UTAD torna-se na «primeira instância do ensino superior a abolir a garraiada do quadro festivo da sua semana académica», acrescentou a fonte.
A iniciativa partiu do Movimento Universitário de Trás-os-Montes e Alto Douro (MUTAD), que reuniu 100 assinaturas de alunos que defendem que aquela tourada, realizada com um garraio (touro jovem) e na qual intervêm cavaleiros tauromáquicos amadores e grupos de forcados universitários, «viola os direitos dos animais».
O MUTAD sustentou, em comunicado, que aquela «brincadeira (garraiada) é extremamente violenta, sendo o animal empurrado, puxado e agredido várias vezes e de diferentes maneiras, por um grupo enorme de indivíduos que, além disso, nas garraiadas académicas se encontra usualmente embriagado».
O movimento avançou com exemplos de «violência», como um caso que ocorreu em Vila Real, em anos recentes, «em que um animal morreu com o pescoço partido no seguimento das agressões de que foi vítima numa destas brincadeiras».
Revelou ainda também que numa garraiada académica do Porto, há alguns anos, «outro animal morreu depois de ter sido selvaticamente agredido».
O MUTAD considera «estranho» pensar que, no ambiente universitário, seja ainda pensável promover-se «actos de semelhante violência contra animais» e salienta que «o ambiente universitário é de informação, conhecimento, aprendizagem, ensino, cultura, progresso e civilidade».
Segundo a fonte da AAUTAD, na RGA, convocada pelo próprio movimento, 24 alunos votaram contra a moção do MUTAD, enquanto 31 se revelaram a favor do fim da garraiada.
Desta forma, de acordo com o presidente da AATUD, Tiago Sá Carneiro, tornou-se vinculativa a abolição de uma tradição com mais de 20 anos.
A garraiada da UTAD é organizada pelos Papa Vacas, uma secção da AAUTAD, que desvalorizam a decisão da RGA e já decidiram que a actividade se vai manter, embora agora sem o apoio da Associação Académica.
O grupo diz que pode organizar a garraiada a nível pessoal, salientando que se trata apenas de uma brincadeira dos estudantes em que, garantiu, o animal «não é agredido».
Rita Red Shoes, Blasted Mechanism e Deolinda são os «cabeças de cartaz» da Semana Académica de Vila Real, a qual inclui acções de sensibilização contra o excesso de álcool e para o sexo seguro, com a realização de testes de alcoolémia e a distribuição de preservativos.
A tradicional garraiada vai ser excluída do programa, deste ano, da Semana Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, a pedido de um grupo de alunos que considera que esta iniciativa viola o direito dos animais
Fonte da Associação Académica da UTAD (AAUTAD) disse hoje que a maioria dos alunos que participaram na Reunião Geral de Alunos votou a favor da exclusão da garraiada das festividades da Semana Académica, que decorre entre quinta-feira e dia 20.
Com esta decisão, a UTAD torna-se na «primeira instância do ensino superior a abolir a garraiada do quadro festivo da sua semana académica», acrescentou a fonte.
A iniciativa partiu do Movimento Universitário de Trás-os-Montes e Alto Douro (MUTAD), que reuniu 100 assinaturas de alunos que defendem que aquela tourada, realizada com um garraio (touro jovem) e na qual intervêm cavaleiros tauromáquicos amadores e grupos de forcados universitários, «viola os direitos dos animais».
O MUTAD sustentou, em comunicado, que aquela «brincadeira (garraiada) é extremamente violenta, sendo o animal empurrado, puxado e agredido várias vezes e de diferentes maneiras, por um grupo enorme de indivíduos que, além disso, nas garraiadas académicas se encontra usualmente embriagado».
O movimento avançou com exemplos de «violência», como um caso que ocorreu em Vila Real, em anos recentes, «em que um animal morreu com o pescoço partido no seguimento das agressões de que foi vítima numa destas brincadeiras».
Revelou ainda também que numa garraiada académica do Porto, há alguns anos, «outro animal morreu depois de ter sido selvaticamente agredido».
O MUTAD considera «estranho» pensar que, no ambiente universitário, seja ainda pensável promover-se «actos de semelhante violência contra animais» e salienta que «o ambiente universitário é de informação, conhecimento, aprendizagem, ensino, cultura, progresso e civilidade».
Segundo a fonte da AAUTAD, na RGA, convocada pelo próprio movimento, 24 alunos votaram contra a moção do MUTAD, enquanto 31 se revelaram a favor do fim da garraiada.
Desta forma, de acordo com o presidente da AATUD, Tiago Sá Carneiro, tornou-se vinculativa a abolição de uma tradição com mais de 20 anos.
A garraiada da UTAD é organizada pelos Papa Vacas, uma secção da AAUTAD, que desvalorizam a decisão da RGA e já decidiram que a actividade se vai manter, embora agora sem o apoio da Associação Académica.
O grupo diz que pode organizar a garraiada a nível pessoal, salientando que se trata apenas de uma brincadeira dos estudantes em que, garantiu, o animal «não é agredido».
Rita Red Shoes, Blasted Mechanism e Deolinda são os «cabeças de cartaz» da Semana Académica de Vila Real, a qual inclui acções de sensibilização contra o excesso de álcool e para o sexo seguro, com a realização de testes de alcoolémia e a distribuição de preservativos.